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MP de Roraima diz que denunciou atuação de facções no Estado

6 jan 2017 - 17h39
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O Ministério Público de Roraima (MPRR) informou hoje (6) que desde 2005 busca na Justiça uma solução para problemas estruturais existentes no sistema prisional do Estado e que, em novembro de 2014, denunciou aproximadamente 100 integrantes de facções criminosas que atuam em Roraima.

Movimentação de policiais em frente à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista (RR)
Movimentação de policiais em frente à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista (RR)
Foto: Futura Press

"A situação à época foi veementemente negada à impresa pelo Poder Executivo estadual. O pedido do MPRR aguarda manifestação da Justiça", informou, em nota.

Trinta e três presos foram mortos hoje na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona Rural de Boa Vista, capital roraimense. A Secretaria de Justiça e Cidadania do estado descartou a possibilidade dos assassinatos estarem associado à guerra entre organizações criminosas.

Segundo o ministério, desde novembro de 2016 os presos estão separados em diferentes estabelecimentos prisionais, de acordo com a facção criminosa a que afirmam estar ligados, então, os presos mortos hoje, ou integram o Primeiro Comando da Capital (PCC) ou não têm vínculos com nenhuma organização criminosa. Os presos do Comando Vermelho e da Famíla do Norte (FDN) estariam na cadeia pública.

A secretaria descartou ainda que as mortes possam ser  uma vingança ao que aconteceu em Manaus, nos dias 1º e 2 de janeiro, onde ocorreu o assassinato de pelo menos 56 presos supostamente ligados ao PCC por integrantes da FDN, grupo ligado ao Comando Vermelho.

O MPRR informou que está acompanhando o caso das mortes dos detentos e aguarda a conclusão das investigações para adotar as medidas cabíveis. Ontem (5), a Promotoria de Justiça, com atuação junto ao Vara de Execução Penal, protocolou na Justiça pedido de transferência de nove presos da Penitenciária Agrícola para presídios federais, em razão de grave indisciplina. O pedido também aguarda decisão judicial.

Agência Brasil Agência Brasil
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