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MPF e PF são acionados para averiguar suposta irregularidade em urna, diz TSE

7 out 2018 - 14h00
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O Ministério Público Federal e a Polícia Federal foram acionados para averiguar uma suposta ocorrência envolvendo uma urna que impediria eleitores de escolherem outros candidatos a presidente da República que não o candidato do PT, Fernando Haddad, disse neste domingo a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber.

Presidente do TSE, Rosa Weber, vota em Brasília 07/10/2018 REUTERS/Adriano Machado
Presidente do TSE, Rosa Weber, vota em Brasília 07/10/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Adriano Machado / Reuters

Em vídeo nas redes sociais, o candidato a senador pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), disse que uma urna impedia o eleitor de concluir seu voto para presidente em Bolsonaro, com o sistema remetendo a escolha para o adversário do PT.

"Acabou de chegar ao conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral esta ocorrência, este vídeo... Polícia Federal e Ministério Público Federal já estão acionados para que essa urna, seja constatada sua existência, seja retirada, auditada e, se de fato estiver traduzindo alguma irregularidade, seja devidamente explicitado, esclarecido, corrigido, e a urna, retirada", disse a presidente do TSE durante entrevista coletiva em Brasília.

Rosa destacou que o TSE ainda está "aprendendo" a lidar com as chamadas fake news, "porque o fenômeno não é de fácil compreensão, não é de fácil prevenção, mas o TSE está atento".

A ministra voltou a ressaltar que o sistema eletrônico de urnas é confiável.

"Hoje temos um sistema ágil, seguro e que nos inspira a maior confiança... Se ocorrer alguma fraude, algum dia, poderá ser constatada. O sistema eletrônico permite que, numa hipótese de fraude, sejam constatadas as pegadas, ficam marcas que nos permitem chegar e fazer a apuração", disse.

De acordo com a presidente do TSE, até o início da tarde 310 urnas precisaram ser trocadas Brasil afora, o que representa 0,06 por cento do total.

Na mesma coletiva, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que "não há qualquer improviso no processo eleitoral".

"Pelo contrário, houve um preparo intenso do Tribunal Superior Eleitoral, da Procuradoria Geral Eleitoral e de todos os órgãos envolvidos na realização dessas eleições", frisou.

Até as 12h, autoridades contabilizavam 11 crimes contra candidatos e 108 prisões.

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