MPF: empresas devem devolver R$4 bi por desvios na Petrobras
Os envolvidos são Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia, Engevix e quase 30 executivos
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou nesta sexta-feira cinco ações de improbidade administrativa contra seis empresas construtoras e vários de seus executivos investigados pela Operação Lava Jato para que devolvam R$ 4,47 bilhões que teriam sido desviados da Petrobras.
De acordo com o MPF, a soma inclui R$ 319 milhões de ressarcimento ao erário, indenização por danos morais coletivos de R$ 3,19 bilhões e pagamento de multa civil de R$ 959 milhões. Os envolvidos são Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia, Engevix e quase 30 executivos dessas empresas.
O pedido é de caráter civil e é paralelo à investigação realizada pelo juiz Sergio Moro, de Curitiba, que comanda o caso sobre a corrupção na Petrobras e o pagamento de subornos a ex-diretores da estatal.
Segundo um comunicado do MPF, o caso se inscreve nas denúncias do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras da Paulo Roberto Costa, que fez um acordo de redução de pena em troca de sua delação.
"As ações de improbidade correspondem ao desdobramento cível dos crimes investigados na Lava Jato e detalham a participação dos envolvidos no pagamento de propina para altos dirigentes da Petrobras em valores que variavam de 1% a 3% do montante total de contratos bilionários, em licitações fraudulentas", explicou o MPF em nota.
De acordo com o órgão, os recursos foram distribuídos através de operadores financeiros do esquema, de 2004 a 2012, com pagamentos que se estenderam até o ano passado.