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MPF estima que desvios na Petrobras chegaram a R$ 2,1 bi

Segundo o órgão, R$ 450 milhões foram recuperados e R$ 200 milhões em bens foram bloqueados pela Justiça.

29 jan 2015 - 16h35
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<p>As suspeitas de corrup&ccedil;&atilde;o na Petrobras come&ccedil;aram com a investiga&ccedil;&atilde;o sobre desvios de recursos na constru&ccedil;&atilde;o da Refinaria Abreu e Lima.</p>
As suspeitas de corrupção na Petrobras começaram com a investigação sobre desvios de recursos na construção da Refinaria Abreu e Lima.
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O Ministério Público Federal (MPF), responsável pela força-tarefa que atua na Operação Lava Jato, lançou uma página na internet para atualizar informações sobre as investigações. De acordo com o balanço mais recente, os investigados na operação desviaram R$ 2,1 bilhões da Petrobras. Conforme os dados, R$ 450 milhões foram recuperados e R$ 200 milhões em bens estão bloqueados por determinação da Justiça.

Para o MPF, 12 investigados assinaram acordos de delação premiada. Conforme o levantamento, 150 pessoas e 232 empresas estão sob investigação. Até a sétima fase da operação, deflagrada em novembro do ano passado, 60 pessoas foram presas, expediram 161 mandados de busca e apreensão e 37 pessoas foram conduzidas coercitvamente a prestarem esclarecimentos à Polícia Federal (PF).

Após a apuração dos crimes, a Justiça Federal em Curitiba abriu 18 ações criminais contra 86 investigados, que respondem pelos crimes de corrupção, tráfico de drogas, lavagem de ativos, formação de organização criminosa e crime contra o sistema financeiro nacional.

As suspeitas de corrupção na Petrobras começaram com a investigação sobre desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo o Ministério Público, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões e alcançou gastos de R$ 20 bilhões.

Conforme o MPF, os desvios na construção da refinaria ocorreram por meio de contratos superfaturados com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014. De acordo com a investigação, os desvios tiveram participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas de fachada.

Agência Brasil Agência Brasil
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