Mulher presa por stalkear médico teria usado 2 mil números de celulares de estudantes em MG
Mulher é investigada por usar chips de tablets disponibilizados pela prefeitura a estudantes da rede municipal para perseguir médico
A stalker de um médico de Minas Gerais, Kawara Welch, que foi presa em Uberlândia, teria usado mais de 2 mil números de celulares diferentes, que pertenciam a alunos da rede pública municipal de Ituiutaba, para fazer contato com a vítima. Agora, a Polícia Civil apura como ela conseguiu os números e se obteve ajuda de um hacker.
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Segundo o delegado Rafael Faria, em entrevista à TV Globo, os números foram usados pela mulher para disparar mensagens. Esses números faziam parte de um programa da rede municipal de tablets, que foram disponibilizados pela prefeitura aos alunos: “Então entendemos que ou ela tinha uma ajuda de um hacker ou ela tinha especialização para isso sozinha."
A prefeitura de Ituiutaba disse que os telefones usados por Kawara Welch são de chips de internet disponibilizados durante a pandemia de covid-19, para a realização de aulas remotas. A Polícia Civil e a prefeitura atuam em colaboração para apurar os fatos.
O município apura se a mulher usava um software para clonar números de telefones de vários locais, incluindo os que foram distribuídos para os alunos.
À TV Globo, a defesa de Kawara negou a acusação e afirmou que ela não teria capacidade técnica para fazer esse tipo de procedimento.
Entenda o caso
Kawara Welch foi presa no início de maio por perseguir um médico psiquiatra e sua família. Ela era paciente da vítima desde 2019, e praticava o stalking desde então. O profissional deixou de atendê-la e passou a receber ameaças e a perseguição aumentou. Ele a esposa dele registraram cerca de 30 boletins de ocorrência por ameaça, perturbação do sossego e trabalho, lesão corporal e extorsão.
Antes de ser presa, a suspeita foi detida em flagrante outras duas vezes, mas acabou sendo liberada em seguida. Duas medidas cautelares foram expedidas, e ela era obrigada a se manter distante das vítimas.
A defesa de Welch diz que houve um envolvimento amoroso entre ela e o médico, que nega. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais.