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Não há sinais que crise em presídios de Manaus possa se espalhar, diz porta-voz da Presidência

28 mai 2019 - 19h20
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O governo federal não tem nenhum sinal de que a crise nos presídios de Manaus possa se alastrar para outros locais, disse nesta terça-feira o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, que disse ainda que o presidente Jair Bolsonaro ficou "consternado" com o massacre de 55 detentos em penitenciárias do Amazonas.

Parente de um preso se emociona diante de um complexo penitenciário em Manaus
27/05/2019
REUTERS/Bruno Kelly
Parente de um preso se emociona diante de um complexo penitenciário em Manaus 27/05/2019 REUTERS/Bruno Kelly
Foto: Reuters

"Não existem indicações neste sentido de que esta crise possa extrapolar o âmbito do complexo penitenciário", disse o porta-voz ao ser indagado durante briefing à imprensa sobre eventuais indícios de que a situação no sistema prisional de Manaus possa se alastrar para as ruas da capital amazonense ou para cadeias em outros Estados.

"Naturalmente o Ministério da Justiça e Segurança Pública e os órgãos de inteligência --sejam do GSI, por meio da Abin, sejam os órgãos de inteligência das forças de segurança locais-- estão a acompanhar e a definir procedimentos diante das análises que venham a chegar e que sejam, após essa análise, indicadoras de novos posicionamentos."

Entre domingo e segunda-feira 55 detentos foram mortos em presídios de Manaus. No domingo, 15 presos morreram durante uma briga no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Na segunda, após uma inspeção realizada por autoridades, os corpos de 40 detentos foram encontrados em quatro presídios do Estado.

Até esta terça, Bolsonaro não havia se manifestado sobre o massacre. Essa primeira manifestação veio por meio do porta-voz e somente em resposta a uma das perguntas feitas pelos jornalistas.

"Obviamente o presidente está consternado pelo processo escabroso que ocorreu naquele sistema penitenciário e já vem orientando o ministro Moro no sentido de colocar toda sua força como ministro da Justiça e Segurança Pública para apoiar aquele Estado e debelar o mais pronto possível quaisquer atividades que venham a colocar-se contra a sociedade, em especial aqueles presos que ali se encontram dentro daquele complexo penitenciário", afirmou.

A pedido do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), Moro mobilizou a Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para atuar no Estado e os primeiros integrantes devem chegar nesta terça, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária amazonense.

Integrantes da Força Nacional de Segurança Pública já atuam na segurança do entorno do Compaj desde janeiro de 2017, quando 56 detentos foram assassinados em outro massacre no presídio.

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