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Lava Jato não pode parar, diz ministro da Justiça nos EUA

19 jul 2017 - 15h03
(atualizado às 15h42)
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O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou nesta quarta-feira, em palestra nos Estados Unidos, que a operação Lava Jato colocou parte da classe política em xeque e defendeu a continuidade das suas investigações.

"A Lava Jato tem colocado parte dos políticos em xeque e, por extensão, eles estão inibidos", afirmou ele. "A Lava Jato é imparável, o que tem que ser feito, vai ser feito. Seu trabalho vai até o final", completou.

O ministro da Justiça do Brasil, Torquato Jardim, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília
31/05/2017
REUTERS/Ueslei Marcelino
O ministro da Justiça do Brasil, Torquato Jardim, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília 31/05/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Dois dias após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Torquato participou de um ciclo de palestras promovido pelo Wilson Center, de Washington.

Falando em inglês, o ministro da Justiça afirmou haver atualmente uma "nova percepção" do direito constitucional brasileiro. Destacou ainda que o Poder Judiciário, inclusive o Supremo Tribunal Federal, vai continuar a intervir na política e na gestão pública.

Torquato defendeu o aumento do uso da tecnologia nas investigações realizadas pela Polícia Federal, órgão que é funcionalmente vinculado ao Ministério da Justiça, em razão de eventuais cortes no orçamento.

"A Polícia Federal está se tornando mais criativa. Tem que distribuir pessoas e dinheiro de uma forma eficiente", avaliou.

Jurista renomado, o ministro disse que um fenômeno que vem ocorrendo desde a Constituição de 1988 é o aumento do ativismo do Poder Judiciário. Citou como exemplo a decisão do STF referente à demarcação de terras da reserva indígena Raposa Serra do Sol, quando a corte fixou uma série de condicionantes para o uso do solo daquela região.

Na palestra, Torquato não quis responder a nenhuma pergunta ou tecer qualquer comentário referente à denúncia feita por Janot contra o presidente Michel Temer. 

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