Nosso almoço de domingo está em um caminhão, diz senador
Blairo Maggi (PR-MT) participa de uma reunião com o ministro dos Transportes e líderes do movimento
O senador Blairo Maggi (PR-MT) disse, antes de uma reunião com representantes de caminhoneiros, que o movimento da categoria pode ser “explosivo" no País. “Nosso almoço de domingo está em um caminhão. Se ele não chegar, a gente não almoça”, disse o ex-governador, que é produtor de soja.
Maggi participa de uma reunião com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e líderes do movimento, que pede principalmente a redução do preço do óleo diesel e a criação de um valor mínimo para frentes.
“Ele é um movimento perigoso, ele tem um potencial de estrago violento”, disse o senador, que falou da dificuldade de negociar com várias lideranças espalhadas pelo Brasil “Como é um movimento muito difuso, não tem uma liderança única, tem varias pautas.”
Um dos representantes dos caminhoneiros, Ivar Luiz Schmidt, disse antes do encontro que o movimento aceitaria parar com uma redução de R$ 0,50 no preço do litro do combustível. Ele também defende um piso de R$ 0,70 por eixo e por quilômetro rodado para o preço dos fretes.
Schmidt, que diz estar organizado nacionalmente com o movimento por redes sociais, diz que os caminhoneiros estão sem receber aumento no valor dos fretes há dez anos. Segundo ele, há risco de aumento de preços, mas considerou que a categoria já ajudou no controle à inflação.
“Corre o risco com toda certeza, mas estamos há dez anos contribuindo para controlar a inflação, porque estamos há dez anos sem aumento”, disse.
Maggi, que conversou mais cedo com empresários do setor de transporte, disse que é difícil criar um valor mínimo para frete porque o valor varia de acordo com ano, de acordo com a sazonalidade da produção agrícola.