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Onyx se reúne com Padilha e começa a tratar de transição de governo

26 out 2018 - 20h26
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O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado como futuro ministro da Casa Civil por Jair Bolsonaro se o presidenciável do PSL for eleito, começou a tratar da transição de governo e se reuniu na quinta-feira com o atual titular da pasta e coordenador do tema pela administração do presidente Michel Temer, ministro Eliseu Padilha.

Deputado Onyx Lorenzoni durante entrevista à Reuters em Brasília
16/10/2018
REUTERS/Adriano Machado
Deputado Onyx Lorenzoni durante entrevista à Reuters em Brasília 16/10/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Onyx, que está à frente das tratativas da transição do lado de Bolsonaro, acrescentou que nesta sexta-feira foram dados telefonemas para tratar do assunto e da equipe que irá a Brasília na semana que vem para atuar diretamente nisso.

"Tive um primeiro contato com o ministro da Casa Civil e trouxe as informações para ele (Bolsonaro). Até quarta-feira o Bolsonaro vai definir a equipe de transição", disse Onyx.

"Falamos conceitualmente e foi uma conversa em que orientou o Bebianno e a mim como deve ser o processo", acrescentou o deputado a jornalistas após sair da casa de Bolsonaro.

As informações sobre a estrutura e o funcionamento do Governo já foram disponibilizados nesta sexta.

Bolsonaro pretende ir também a Brasília na próxima semana, caso seja eleito, mas Onyx chegou a recomendar que não fosse para tratar da saúde e dar continuidade à preparação para a cirurgia de retirada da colostomia, prevista, segundo ele, para dezembro.

PAÍS UNIDO

Onyx minimizou ainda as últimas pesquisas que mostram uma vantagem menor de Bolsonaro sobre o petista Fernando Haddad e chamou os institutos Ibope e DataFolha de "lixo puro". Pesquisa do Datafolha divulgada na noite de quinta-feira mostrou uma redução na vantagem de Bolsonaro de 18 para 12 pontos percentuais.

"Bolsonaro está muito confiante e muito seguro e ele é à esperança do Brasil decente", disse o deputado do DEM.

Onyx disse não ver semelhanças com a eleição de 2014, quando a petista Dilma Rousseff foi reeleita derrotando o senador Aécio Neves (PSDB) por estreita margem e o país saiu dividido das urnas.

"De jeito nenhum isso vai acontecer. Isso é um grande equívoco. O Brasil se unirá e mesmo aqueles que têm posições antagonistas... vão ver que um presidente honesto, decente faz a diferente na vida deles", ressaltou. "Bolsonaro vai governar a todos e em sintonia com todos."

Ele também minimizou a nova denúncia do Ministério Público Federal contra o economista Paulo Guedes, já anunciado como futuro superministro da Economia de Bolsonaro.

Onyx disse que a acusação faz "parte do jogo" e que Guedes tem uma " belíssima história de sucesso pessoal e profissional.

"Abrir uma investigação hoje, dois dias antes (da eleição?), por que não abriu antes?", questionou.

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