Operação da PF derruba presidente da Câmara de Florianópolis
Envolvidos em esquema receberiam propina para favorecer empresas em licitações e projetos de lei
A Operação Ave de Rapina, realizada nesta quarta-feira pela Polícia Federal em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, causou a queda do presidente da Câmara Municipal de Florianópolis. O prejuízo aos cofres públicos, segundo a PF, pode passar dos R$ 30 milhões.
César Faria, do PSD, renunciou ao cargo de Chefe do Legistavo na tarde desta quinta. O vereador é apontado como um dos suspeitos de comandar um grupo que realizava tráfico de influência junto a órgãos públicos municipais. Os envolvidos receberiam propina para favorecer empresas em licitações e projetos de lei.
A investigação apontou que o esquema atuou em três áreas do poder público: a fraude de licitações que definiram empresas que operariam radares eletrônicos, na elaboração das leis que regulamentaram a publicidade em outdoors e finalmente em eventos culturais realizados na capital catarinense contratados pela prefeitura.
Com a saída de Faria, o vereador Tiago Silva (PDT) assume o cargo até o final do ano. Outro vereador, Marco Espíndola, o Badeko, também do PSD, permanece detido em Florianópolis acusado de receber propina para alterar uma lei que limitava outdoors na cidade. Suas emendas acabaram beneficiando empresas, de acordo com a PF.
A defesa do vereador apresentou um pedido de revogação de prisão nesta quinta-feira. Badeko nega as acusações.