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Os escolhidos de Guedes para a equipe econômica do novo governo

26 nov 2018 - 16h33
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O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, já indicou boa parte dos nomes que vão fazer parte da sua equipe no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), com o perfil dos escolhidos corroborando o alinhamento em direção à diminuição do Estado na economia.

Futuro ministro da Economia, Paulo Guedes
20/11/2018
REUTERS/Adriano Machado
Futuro ministro da Economia, Paulo Guedes 20/11/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Adriano Machado / Reuters

PhD pela Universidade de Chicago, Guedes convidou à equipe alguns colegas que também passaram pela instituição, considerada uma referência do pensamento liberal. Juntam-se aos "Chicago boys" outros profissionais com formação diferente, mas adeptos da mesma orientação para a economia, preconizando a realização de reformas fiscais, concessões, vendas de ativos e enxugamento da máquina pública.

Confira quem são e onde trabalharão os escolhidos de Guedes para a economia até agora: = Salim Mattar para Secretaria-Geral de Desestatização e Desimobilização

Amigo de Guedes, Salim Mattar chefiará a secretaria responsável pelas privatizações que serão feitas na gestão de Bolsonaro.

Formado em Administração pela Fumec em 1976, Mattar fundou a Localiza em 1974, quando tinha 24 anos, e ocupou o cargo de diretor presidente da companhia, atualmente a maior locadora de veículos da América Latina, até maio de 2013. Hoje é presidente do Conselho de Administração da companhia.

Ele também integra o think tank liberal Instituto Millenium, do qual Guedes foi um dos fundadores. = Mansueto Almeida para Secretaria do Tesouro

Técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mansueto permanecerá no cargo de Secretário do Tesouro Nacional, que ocupa desde abril de 2018. Antes disso, respondia pela secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria da pasta.

Mansueto chegou a atuar na campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições de 2014 na elaboração do programa econômico do tucano. Ele é mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e cursou doutorado em Políticas Públicas no MIT, Cambridge, mas não defendeu sua tese. = Roberto Campos Neto para o Banco Central

Diretor no Santander Brasil, Roberto Campos Neto é também responsável pela Tesouraria do banco. Antes, de 1996 a 1999, trabalhou no Banco Bozano Simonsen, que acabou sendo incorporado pelo banco espanhol.

Neto do renomado economista liberal Roberto de Oliveira Campos, que foi ministro do Planejamento nos primeiros anos do regime militar, Campos Neto tem mestrado em Economia com especialização em Finanças na Universidade da Califórnia, além de mestrado em Matemática Aplicada pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia. = Joaquim Levy para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Joaquim Levy deixará o posto de diretor financeiro do Banco Mundial para voltar à administração pública. Com doutorado pela Universidade de Chicago, ele comandou o Ministério da Fazenda no segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff, mas saiu antes de completar seu primeiro ano no cargo diante de discordâncias sobre o afrouxamento nos esforços fiscais, em meio à recessão econômica e à intensa crise política, que emperrou ou atenuou muitas das medidas de ajuste que propôs ao longo de sua gestão.

Ele tocou a diminuição de subsídios ao BNDES e forte tesourada nos gastos públicos. Como ministro, também buscou, sem sucesso, a redução de recursos destinados para o Sistema S e a recriação da CPMF.

Antes disso, Levy foi diretor superintendente da Bradesco Asset Management, braço do Bradesco. Ele também foi secretário da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro no primeiro governo de Sérgio Cabral e secretário do Tesouro Nacional de 2003 a 2006, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.= Roberto Castello Branco para a Petrobras

Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas e com pós-doutorado pela Universidade de Chicago, Castello Branco é conhecido como um dos grandes incentivadores da atuação de Guedes no mercado financeiro.

Diretor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV, já ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale, fez parte do Conselho de Administração da Petrobras e desenvolveu projetos de pesquisa na área de petróleo e gás. = Rubem Novaes para o Banco do Brasil

Outro amigo de longa data de Guedes, Rubem é PhD em Economia pela Universidade de Chicago. Professor da Fundação Getulio Vargas, já foi diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e presidente do Sebrae. É também colaborador do Instituto Liberal-RJ.= Pedro Guimarães para a Caixa Econômica Federal [CEF.UL]

Sócio-diretor do Banco Brasil Plural, Pedro Guimarães, foi responsável pela montagem da gestora de produtos estruturados do Grupo Brasil Plural tendo como foco inicial a reestruturação de empresas e a venda via mercado de capitais. PhD em Economia pela Universidade de Rochester, ele é considerado um especialista em privatizações.= Carlos von Doellinger para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Ex-secretário de Finanças do Estado do Rio de Janeiro e ex-presidente do Banerj, Carlos von Doellinger tem mestrado em Economia e é pesquisador aposentado do Ipea. Conhecido de Guedes há muitos anos, ele é forte defensor de um Estado mais eficiente.

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