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Para CIA e FBI, 'Rússia teria agido em eleições nos EUA para promover vitória de Trump'

10 dez 2016 - 09h38
(atualizado às 13h47)
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Os ataques teriam ajudado a promover a vitória de Trump
Os ataques teriam ajudado a promover a vitória de Trump
Foto: Reuters

As duas principais agências de segurança dos Estados Unidos - o FBI (Agência Federal de Investigações) e a CIA (Agência Central de Inteligência - teriam descoberto intervenções da Rússia nas eleições do país para promover a vitória de Donald Trump.

As informações foram divulgadas em dois importantes jornais dos EUA com base em supostos relatórios das duas agências. De acordo com os documentos, "indivíduos ligados ao governo russo teriam publicado milhares de e-mails hackeados da campanha do Partido Democrata", da então candidata Hillary Clinton.

Além disso, os sistemas informacionais do Comitê Nacional do Partido Republicano também teriam sido alvo de infiltrações, mas nenhuma informação sobre o conteúdo chegou a ser publicada.

De acordo com o The New York Times, os dois órgãos concluíram que "seguramente houve uma participação russa para hackear essas informações".

Segundo o jornal, entre os documentos obtidos pelos hackers estariam as contas de e-mails do Comitê Nacional Democrata e do presidente da campanha de Hillary Clinton, John Podesta. O NYT afirma ainda que as agências de inteligência acreditam que essas informações teriam sido passadas pelos russos ao WikiLeaks, que vazou o conteúdo.

O Washington Post afirma que um relatório da CIA chegou a informações parecidas. O jornal cita um oficial do governo dos EUA para afirmar que "a análise das agências de inteligência é de que o objetivo da Rússia era favorecer um candidato sobre o outro e ajudar na vitória de Trump".

Os novos detalhes teriam surgido durante a apresentação dos relatórios pelas agências de inteligência aos senadores na semana passada. A reunião teria ocorrido com portas fechadas, mas segundo o Washington Post, as informações teriam sido passadas por um funcionário do governo que não quis se identificar, mas tinha conhecimento sobreo conteúdo dos documentos.

A equipe do presidente eleito Donald Trump negou as informações e afirmou que "essas são as mesmas pessoas que disseram que Sadam Hussein tinha armas de destruição em massa". As acusações também foram negadas por funcionários do governo russo.

Nova investigação

Nesta semana, o presidente Barack Obama, que deixa o cargo em 20 de janeiro, ordenou uma investigação sobre uma série de ataques cibernéticos que teriam sido promovidos pela Rússia durante a campanha eleitoral nos EUA.

De acordo com a Casa Branca, o relatório - que deve ser finalizado até o fim do mandato de Obama - será uma "sondagem profunda sobre um possível padrão de uma crescente atividade maliciosa na internet durante a temporada eleitoral".

Em outubro, o governo dos EUA já aviam apontado a responsabilidade da Rússia nestes ataques, acusado o país de interferir na campanha do Partido Democrata.

Mas, segundo as novas informações divulgadas pela imprensa americana, os sistemas do Partido Republicano também teriam sido alvo desses ataques, mas não tiveram as informações recolhidas divulgadas pelos hackers.

O porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz, afirmou que Obama decidiu seguir em frente com as investigações porque "leva o assunto muito a sério".

"Estamos comprometidos em garantir a integridade de nossas eleições", afirmou.

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