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Paraguai anula acordo com Brasil sobre Usina de Itaipu

Assinatura de ata provocou crise no governo do país vizinho

1 ago 2019 - 15h01
(atualizado às 15h47)
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O Paraguai assinou um documento anulando o acordo bilateral com o Brasil sobre a compra de energia elétrica produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu assinado em maio e que provocou uma crise política no governo de Mario Abdo Benítez. A ata foi assinada nesta quinta-feira (1) pelo embaixador do Brasil no Paraguai, Carlos Simas Magalhães, e pelo embaixador paraguaio no Brasil, Federico González, em Assunção.

Paraguai anula acordo com Brasil sobre Usina de Itaipu
Paraguai anula acordo com Brasil sobre Usina de Itaipu
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    Com a medida, os dois países precisarão voltar à mesa para negociar novamente a potência de energia que o Paraguai deverá adquirir até 2022. O cancelamento do acordo deixou o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, em uma situação mais confortável já que deve ser suficiente para reverter o pedido de impeachment feito pela oposição, tendo em vista que o acordo perde a validade. O grupo de senadores liderados por Horacio Cartes, o Honor Colorado, inclusive, retirou seu apoio ao processo de afastamento do mandatário paraguaio. O pedido de anulação do documento ocorreu após a divulgação dos termos do acordo, o que desencadeou uma crise política no país vizinho. Na ata, assinada em 24 de maio, o Brasil tentava resolver um problema de desequilíbrio praticado há anos pelo Paraguai, que se aproveita da energia excedente da usina e paga menos pela eletricidade gerada em Itaipu. No texto, o governo paraguaio tinha se comprometido a equilibrar a situação até 2022, adquirindo uma potência de 9,6% maior para este ano e de 12% maior em 2020, 2021 e 2022. Atualmente, o Paraguai compra 61% menos do que deveria e se apropria da energia excedente, que é mais barata, para abastecer o mercado interno e atrair indústrias e investimentos.

    Segundo a oposição, o acordo afeta os níveis de faturamento da estatal elétrica do Paraguai, que poderia causar um prejuízo de até US$300 milhões, e teria sido debatido e aprovado sem a devida transparência. A crise política provocou a renúncia de quatro membros do governo paraguaio, o chanceler Luis Castiglioni, o embaixador paraguaio no Brasil Hugo Caballero, o presidente da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), Alcides Jiménez, e o diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete.

    A Usina de Itaipu está localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Ela foi construída pelos dois países entre 1975 e 1982.

Ansa - Brasil
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