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Paraná: sai secretário de Educação; o de Segurança continua

Richa ainda não definiu se tomará alguma providência na pasta mais criticada pela ação do dia 29 de abril, a Segurança Pública

6 mai 2015 - 16h37
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Manifestante usou máscara para se proteger do gás lançado pela Polícia Militar
Manifestante usou máscara para se proteger do gás lançado pela Polícia Militar
Foto: Agência Paraná

Uma semana depois do massacre da Polícia Militar contra os professores que protestavam em frente à Assembleia Legislativa, o governo do Paraná anunciou oficialmente a troca de comando na Secretaria de Educação. O secretário Fernando Xavier Ferreira pediu demissão do cargo, alegando questões pessoais. Para seu lugar, o governador Beto Richa (PSDB) nomeou Ana Seres Comin, que já respondia pela superintendência da Secretaria. Professora concursada da rede estadual, Comin é a esperança do governo para aumentar o diálogo com a classe, que permanece em greve.

Impasse na segurança

Richa ainda não definiu se tomará alguma providência na pasta mais criticada pela ação do dia 29 de abril, a Segurança Pública. Na manhã desta quarta-feira (6), a demissão do secretário Fernando Francischini era dada como certa por deputados da bancada governista e, até por membros do primeiro escalão do governo. No entanto, em uma reunião no início da tarde, após apelo de Francischini, o governador decidiu mantê-lo no cargo. A permanência de Francischini na pasta fragiliza ainda mais a situação do comandante da Polícia Militar do Paraná, César Vinícius Kogut.

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Em entrevista na última segunda-feira (4), Francischini responsabilizou o comando da PM por “eventuais excessos” que teriam sido cometidos na ação da PM e negou ter tido participação na operação. Nesta terça-feira (5), Kogut emitiu uma carta aberta ao governador Beto Richa rebatendo o secretário.

Foto: Ascom Beto Richa / Divulgação

Na carta, o comandante disse que “toda a ação foi elaborada seguindo plano de operação determinado pela Secretaria de Segurança Pública, tendo inclusive o senhor secretário participado de várias etapas do planejamento”. A carta diz ainda que Francischini era informado de todos os desdobramentos da operação e que foi alertado inúmeras vezes pelo comando da PM sobre os riscos que a operação oferecia de resultar em centenas de pessoas feriadas, “como, de fato, ocorreu”. A carta tem assinatura de diversos coronéis da PM e o apoio da Associação dos Policiais Militares.

Assim, a manutenção de Francischini no cargo praticamente inviabiliza a permanência de Kogut no comando da PM e indica que o secretário deverá enfrentar resistência dentro da corporação.

Fonte: Terra
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