Falha em freios foram causas de tragédia na Mogi-Bertioga
Velocidade do veículo também provocou o acidente
O laudo pericial sobre o acidente ocorrido no dia 8 de junho na Rodovia Mogi-Bertioga, que provocou a morte de 18 estudantes, diz que o veículo trafegava em velocidade acima da permitida na via e tinha falha no freio. Elaborado pelo Núcleo de Física do Instituto de Criminalística, o laudo foi divulgado na noite de sexta-feira (24) pelo secretário de Segurança Pública Mágino Alves Barbosa Filho.
"A conclusão é de que o veículo trafegava numa velocidade acima da máxima permitida na via e que o exame dos freios concluiu que eles apresentavam deficiência na frenagem devido ao desgaste excessivo dos tambores dianteiros, que deveriam ter sido substituídos por novos, demonstrando manutenção inadequada", disse o secretário.
Segundo ele, o excesso de velocidade pode ter sido em decorrência dessa falha no freio ou então o motorista já dirigia em velocidade excessiva e, depois, houve a deficiência no freio. No trecho onde ocorreu o acidente, a velocidade máxima permitida é de 60 quilômetros por hora.
A investigação, de acordo com o secretário, prossegue na Delegacia de Polícia de Bertioga, que deve apurar quem era o responsável pela manutenção do veículo. "Há uma responsabilidade clara. O laudo aponta falta de manutenção e alguém, obviamente, era o responsável por essa manutenção", afirmou Mágino.
O acidente ocorreu por volta das 22h50 do último dia 8, quando o ônibus fretado pela prefeitura de São Sebastião para o transporte de estudantes capotou no km 84 da Rodovia Mogi-Bertioga, entre o município de Biritiba-Mirim e de Bertioga, no litoral norte. O destino era a cidade de São Sebastião, no litoral paulista, para onde os passageiros voltavam depois de uma noite de aulas em universidades de Mogi das Cruzes.