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PF acusa Geddel e o irmão de associação criminosa e lavagem

28 nov 2017 - 17h20
(atualizado às 17h29)
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A Polícia Federal concluiu que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o deputado federal e irmão dele, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), a mãe dos dois, Marluce Vieira Lima e mais duas pessoas cometerem crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro na investigação referente à apreensão de 51 milhões de reais em um apartamento ligado à família Vieira Lima em Salvador.

PF encontrou malas com R$ 51 milhões em imóvel ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima
PF encontrou malas com R$ 51 milhões em imóvel ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima
Foto: Agência Brasil

Essa foi a maior apreensão em dinheiro vivo da história da PF. O resultado da operação poderá ser usado pela Procuradoria-Geral da República para oferecer denúncia contra os investigados, pedir o arquivamento do caso, se entender que não há indícios, ou ainda pedir novas diligências complementares à apuração.

As conclusões da polícia, que constam de um relatório de 36 páginas encaminhada ao Supremo Tribunal Federal, afirmam que o grupo uniu-se para a prática de dissimular a origem de recursos apreendidos "decorrentes de atividades ilícitas".

Por essa investigação, Geddel --ex-ministro da Secretaria de Governo da gestão Michel Temer e que também ocupou cargos de relevo na administração públicas nas gestões Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva-- está preso preventivamente.

O documento aponta, com base em depoimentos e informações técnicas, que houve o armazenamento de valores de origem ilícita recebidos em espécie em locais de difícil acesso, como um closet do quarto da mãe dos políticos baianos, uma senhora de quase 80 anos, mesmo Geddel possuindo imóvel no mesmo prédio ou Lúcio morando em edifício próximo e também no caso de um apartamento desvinculado deles, tomado por empréstimo de um amigo.

A PF duvida da origem lícita dos recursos e aponta, entre outras razões: "Não é crível que uma pessoa dispusesse da absurda quantia de aproximadamente 51 milhões de reais em espécie, inclusive transportá-la de um local para outro, colocando em risco de assalto fortuna que, indubitavelmente, estaria mais segura se estivesse depositada em alguma instituição financeira, se não houvesse o propósito de ocultar a sua existência."

A polícia informa ter tentado tomar o depoimento de Lúcio Vieira Lima. O deputado, mesmo tendo sido intimado de forma reiterada para depor no dia 24 de novembro, não compareceu.

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