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Política

PF investiga invasão e desvio de recursos de sistema de pagamentos do governo, diz jornal

Ataque teria ocorrido no começo de abril; suspeita é de que criminosos emitiram ordens bancárias e desviaram recursos da União

22 abr 2024 - 16h53
(atualizado às 21h43)
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Resumo
A PF e a Abin estão investigando uma suspeita de invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) com desvios de recursos, ocorrida no início de abril.
Sede da Polícia Federal em Brasília (DF)
Sede da Polícia Federal em Brasília (DF)
Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apuram uma suposta invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o sistema de pagamentos do governo federal, ocorrida no começo de abril. Há suspeita de desvio de recursos da União, publicou o jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a publicação, a investigação aponta que os criminosos conseguiram emitir ordens bancárias e desviar recursos. Agora, PF e Abin trabalham para rastrear os autores do ataque. 

A invasão, segundo fontes que auxiliam nas investigações, aconteceu no sistema de autenticação de usuários do sistema. Gestores habilitados para autorizar pagamentos tiveram seus logins usados por terceiros, que tiveram acesso a CPFs e senhas do sistema gov.br, do governo federal. 

Há indícios, ainda, de que a coleta de dados de acesso se estendeu por meses, até que os criminosos tivessem uma quantidade significativa para realizar o ataque. Uma das invasões aconteceu por meio do acesso de contas de gestores da Câmara dos Deputados, apontam as investigações preliminares.

O caso levantou suspeitas, uma vez que o CPF do gestor usado para emitir a ordem bancária, por meio do Pix, era o mesmo usado para liquidação das despesas. A administração federal determina que a liquidação e o pagamento devem ser autorizados por gestores distintos. Outro indício é de que a Câmara não adota pagamentos por meio do Pix. 

O Tesouro Nacional determinou, após as tentativas de invasão, que o acesso ao Siafi passaria a ser feito somente por certificado digital. Ainda assim, foram detectadas novas tentativas com o uso de certificados emitidos por empresas privadas. 

A emissão de certificados, então, passou a ser feita pela Serpro, empresa pública federal do ramo de tecnologia.

Em nota, a PF informou que as investigações estão sob sigilo. A Abin limitou-se a dizer que acompanha o caso em colaboração com as autoridades competentes.

O que diz o Tesouro Nacional

Em nota à imprensa no final da tarde desta segunda-feira, 22, o Tesouro Nacional afirmou que o episódio não configura invasão, mas sim "utilização indevida de credenciais", que teriam sido obtidas de modo irregular. E, apesar das tentativas de realizar operações na plataforma, não houve prejuízos à integridade do sistema.

"Todas as medidas necessárias vêm sendo tomadas pela STN em resposta ao caso, incluindo a implementação de ações adicionais para reforçar a segurança do sistema", informou a pasta. 

O Tesouro Nacional ainda informou que trabalha em colaboração com autoridades competentes para condução das investigações, e reiterou compromisso com transparência, segurança dos sistemas governamentais e preservação do "adequado zelo das informações" até o fim das apurações.

Fonte: Redação Terra
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