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PF investiga Aécio e mais 5 políticos por suposta propina

Operação tem como base a delação premiada do grupo J&F, controlador da JBS

11 dez 2018 - 08h16
(atualizado às 09h12)
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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) nova operação que investiga seis parlamentares por suspeita de recebimento de propina de ao menos 100 milhões de reais entre os anos de 2014 e 2017, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014 e também para a obtenção de apoio político, informou a PF.

A chamada Operação Ross é um desdobramento da Operação Patmos, uma fase da Lava Jato deflagrada em maio de 2017 que teve como base a delação de executivos da J&F, acrescentou.

Segundo a PF, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) 24 mandados de busca e apreensão e 48 intimações para depoimentos contra os suspeitos, que não foram identificados de imediato de acordo com as regras da Polícia Federal.

O senador Aécio Neves durante sessão do Senado em Brasília
O senador Aécio Neves durante sessão do Senado em Brasília
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

"As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento", disse a PF em comunicado.

"Suspeita-se que os valores eram recebidos através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias", acrescentou.

Os políticos investigados são, segundo a Globonews, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN), e os deputados Benito Gama (PTB-BA), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (SD-SP).

De acordo com a emissora, os agentes federais cumprem mandado de busca em apartamento de Aécio no Rio de Janeiro. A residência de Paulinho da Força também seria alvo.

As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá, informou a PF.

Um representante de Aécio não respondeu de imediato a um pedido de posicionamento, e não foi possível localizar de imediato representantes dos demais parlamentares investigados.

A holding J&F, controladora da JBS, disse que não vai se pronunciar.

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