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PF investiga se Abin monitorou Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Rodrigo Maia

Polícia Federal deflagrou operação que investiga um esquema na Agência Brasileira de Inteligência para espionar autoridades públicas

25 jan 2024 - 09h32
(atualizado às 10h41)
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Alexandre de Moraes.
Alexandre de Moraes.
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

A Polícia Federal (PF) investiga se ferramentas e serviços da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram utilizados para monitorar ilegalmente governadores e até integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Na manhã desta quinta-feira, 25, a PF deflagrou uma operação contra suspeitos de participar do esquema. Um dos alvos de mandados de busca e apreensão é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor do órgão no governo Jair Bolsonaro

Segundo as investigações, a Abin teria monitorado ilegalmente os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador Camilo Santana, do Ceará, hoje ministro da Educação do governo Lula, entre outras pessoas.

Autorizada por Alexandre de Moraes, a operação desta quinta-feira foi batizada de "Vigilância Aproximada" é é um desdobramento das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado. As investigações apontam que a organização criminosa na Abin utilizava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Entre os 21 mandados de busca e apreensão, a PF faz buscas no gabinete de Ramagem e no apartamento funcional da Câmara ocupado atualmente pelo parlamentar, que é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro com o apoio do ex-presidente Bolsonaro.

Quem é Alexandre Ramagem, alvo de operação da PF Quem é Alexandre Ramagem, alvo de operação da PF

Também são cumpridas medidas cautelares diversas de prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. Os mandados são cumpridos em Brasília (DF), Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Os nomes dos alvos não foram divulgados. Os investigados podem responder pelos seguintes crimes:

  • invasão de dispositivo informático alheio;
  • organização criminosa; e
  • interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

A Abin é o órgão responsável por fornecer informações e análises estratégicas à Presidência da República para contribuir em tomada de decisões.

*Com informações do Estadão. 

Fonte: Redação Terra
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