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PF pede ao STF nova prorrogação do inquérito dos portos que investiga Temer

28 jun 2018 - 18h01
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A Polícia Federal pediu nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por mais 60 dias do inquérito dos portos, que investiga se o presidente Michel Temer cometeu crimes na edição de um decreto ano passado que mudou regras portuárias.

Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto
05/06/2018 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto 05/06/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A Procuradoria-Geral da República também deve opinar sobre o pedido da PF. Caberá ao ministro Luís Roberto Barroso, relator desse inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), decidir se o aceita.

No dia 7 de maio, Barroso já havia prorrogado essa investigação também por dois meses e, no despacho, apoiou a concessão do novo prazo para a "ultimação das diligências" a serem realizadas no caso, na linha de parecer apresentado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Na ocasião, havia, por exemplo, depoimentos a serem colhidos e a análise de dados de quebras de sigilo bancário e fiscal de Temer e outros investigados no inquérito.

Recentemente, Barroso havia autorizado incluir a delação do empresário Lúcio Funaro no inquérito dos portos. Essa medida permite o compartilhamento dessas informações com a investigação realizada e a procuradora-geral da República poderá até mesmo usá-la em uma eventual denúncia do caso.

Em sua delação premiada, homologada pelo STF ainda no ano passado, Funaro havia dito que Temer tem negócios com a empresa Rodrimar e influiu diretamente na aprovação de uma medida provisória de 2013 --ainda no governo Dilma Rousseff, de quem era vice-- que mudou regras para o setor portuário.

Desde setembro do ano passado, Temer é alvo desse inquérito no STF sob suspeita de ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que teria beneficiado a Rodrimar em alterações legais para o setor.

O presidente, a empresa, os executivos dela e Rocha Loures sempre negaram ter cometido qualquer irregularidade.

Temer ainda é alvo de outro inquérito no Supremo, que apura se houve um acerto envolvendo propina em um repasse milionário da Odebrecht para ajudar em campanhas do MDB na eleição de 2014.

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