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PF prende dois da Abin em operação para investigar uso ilegal de sistema de geolocalização

Policiais federais ainda cumprem 25 mandados de busca e apreensão; casos aconteceram na gestão Bolsonaro

20 out 2023 - 07h34
(atualizado às 09h44)
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Carro da Polícia Federal (PF)
Carro da Polícia Federal (PF)
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) prendeu dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na manhã desta sexta-feira, 20, com a deflagração da Operação Última Milha, que investiga o suposto uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores

Além dos dois mandados de prisão preventiva, foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. Além das buscas, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, também determinou o afastamento do cargo de diretores atuais da Abin.

Conforme as investigações, o sistema de geolocalização usado pela Abin é um software intrusivo e a rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes. "Além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da Agência que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão", informou a PF.

Segundo a TV Globo, os dois servidores já foram presos. Ainda de acordo com a emissora, as supostas condutadas irregulares teriam ocorrido durante o governo Jair Bolsonaro (PL), quando a agência era comandada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem, para monitorar ilegalmente jornalistas, servidores, policiais, políticos, advogados e até integrandes do STF. No entanto, o ex-presidente e Ramagem não são alvos dos mandados.

O nome dos investigados não foram divulgados pela corporação. Eles podem responder pelos seguintes crimes:

  • Invasão de dispositivo informático alheio;
  • Organização criminosa; e
  • Interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

A Abin é o orgão responsável por fornecer informações e análises estratégicas à Presidência da República para contribuir em tomada de decisões. 

Fonte: Redação Terra
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