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PF vai investigar caso de infecção de pacientes por HIV no Rio de Janeiro

Seis pacientes de transplantes foram contaminados com o vírus após receberem órgãos infectados

12 out 2024 - 09h16
(atualizado às 10h40)
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Polícia Federal vai investigar contratos com o laboratório PCS Lab Saleme.
Polícia Federal vai investigar contratos com o laboratório PCS Lab Saleme.
Foto: Polícia Federal / Divulgação

A Polícia Federal (PF) vai investigar o caso de seis pacientes no Rio de Janeiro (RJ) que receberam transplante de órgãos contaminados com o vírus do HIV. O caso é investigado também pela Polícia Civil, pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os pacientes estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). Os órgãos infectados pelo HIV partiram de 2 doadores. A notícia foi dada pela BandNews FM na sexta-feira, 11, e confirmada pelo Terra.

O laboratório PCS Lab Saleme, responsável pelo exame de sangue dos pacientes e dos doadores, é investigado. O laboratório é do primo do ex-secretário de Saúde conhecido como Doutor Luizinho, agora deputado federal e líder do PP na Câmara dos Deputados.

A empresa atuava com o governo a partir de uma licitação de R$ 11,4 milhões e tinha outros dois contratos de prestação que não passaram pelo trâmite. Os três contratos, assinados em 2023, somam mais de R$ 17,5 milhões.

Em nota ao Terra, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) disse que a empresa teve o serviço suspenso após a ciência do caso e que, desde então, os exames sob responsabilidade do laboratório privado passaram a ser realizados pelo Homerio. Isso aconteceu em setembro, faltando três meses do contrato de licitação terminar. Segundo o Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, a Vigilância Sanitária interditou cautelarmente o laboratório no dia 8 de outubro.

Ainda de acordo com a secretaria, todas as amostras de sangue de doadores armazenadas desde o contrato de licitação de dezembro serão reavaliadas. “Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados”, acrescentou a nota, que chamou a situação de “inadmissível” e “sem precedentes”.

Fonte: Redação Terra
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