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PM nega ter forjado ligação de traficante no caso Amarildo

Segundo o MP, soldado sabia que telefone estava grampeado e se passou por criminoso para confundir os investigadores

9 abr 2014 - 15h46
(atualizado às 15h54)
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O soldado da Polícia Militar (PM), Marlon Campos, um dos acusados de torturar Amarildo de Souza, em junho de 2013, na comunidade da Rocinha, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, negou ter fingido ser um traficante que, em uma ligação, supostamente assumira o assassinato do ajudante de pedreiro. Campos prestou depoimento nesta quarta-feira, em audiência de instrução do processo que corre na 35ª Vara Criminal do Rio.

Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MP), os policiais militares, que estavam sendo investigados pela Delegacia de Homicídios, sabiam da existência de um telefone que estava sendo monitorado pela Polícia Civil devido a outra investigação.

Uma perícia feita a pedido do MP constatou que a voz do homem que se passa por Catatau era  a de Marlon Campos. Por isso, além de tortura, ocultação de cadáver e formação de quadrilha, Marlon e alguns dos 25 policiais denunciados no processo também respondem por fraude processual. De acordo com o MP, Marlon Campos teria se aproveitado disso e ligou para esse celular monitorado, fingindo ser um criminoso da Rocinha conhecido como Catatau. Na ligação, o suposto criminoso assume a responsabilidade pela morte de Amarildo.

Mas, na audiência desta quarta-feira, o policial militar negou que a voz da ligação seja sua. “Aquela voz não é minha. Faço outras perícias quantas vezes você quiser. Essa perícia (feita a pedido do MP) está muito equivocada”, disse o soldado à juíza da 35ª Vara Criminal.

Segundo a denúncia do MP, Amarildo teria sido torturado e morto na sede da UPP. Em seu depoimento, Marlon Campos disse que participava da patrulha que abordou Amarildo e confirmou que o levou à sede da UPP, junto com um colega. Mas, segundo ele, disse que depois de uma rápida conferência de documentos, Amarildo foi liberado e saiu vivo da UPP.

O soldado Jorge Luiz Gonçalves, que participava da equipe de oito policiais que abordou Amarildo, disse que chegou a base da UPP cerca de 20 minutos depois de Marlon tê-lo levado ao local. Gonçalves disse que, quando chegou ao local, Amarildo já tinha sido liberado pelos policiais.

Agência Brasil Agência Brasil
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