PM utiliza bombas de gás em protesto por melhora na educação
A Polícia Militar (PM) utilizou bombas de gás lacrimogêneo durante confronto, por volta das 21h dessa quarta-feira, com manifestantes que faziam um protesto reivindicando melhorias na educação pública e que percorreu ruas do centro da capital paulita. O grupo, que se reuniu no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), às 18h, seguiu em passeata pela avenida Paulista no sentido rua da Consolação.
Os manifestantes seguiram em passeata até a praça da Ciclista, retornaram pela Paulista, desceram para a avenida 9 de Julho e caminharam pelas ruas do centro até a praça da República, onde fica a Secretaria da Educação estadual.
Quando chegaram em frente à secretaria, houve início de confronto. As pessoas presentes não souberam informar como começou. A PM começou a jogar bombas de gás lacrimogêneo e, no primeiro momento, não houve correria. Os estudantes permaneceram na praça da República gritando palavras de ordem.
A polícia aumentou a quantidade de bombas e houve então a dispersão. Alguns manifestantes colocaram fogo em sacos de lixo na avenida Ipiranga, na avenida São Luis e na rua da Consolação. A PM seguiu o grupo e usou mais bombas. O confronto durou até cerca das 22h.
O Comando das Escolas Ocupadas, que convocou o ato pelas redes sociais, disse que o projeto de reorganização proposto pelo governador Geraldo Alckmin foi só o estopim para as mobilizações e que os problemas na educação pública são muito maiores. Os estudantes pedem salas menos lotadas, maior salário para os professores, melhor infraestrutura nas escolas e participação democrática da comunidade nas decisões escolares.
Segundo a PM, dez pessoas foram detidas e seis policiais ficaram feridos. Um manifestante foi levado para o 2º Distrito Policial (DP) e nove para o 78º DP. Os seis policiais feridos foram encaminhados para o Hospital do Servidor Público Municipal Vergueiro. A PM declarou que houve vandalismo e agressão a policiais.