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RS: polícia busca suspeito de matar empresário "por engano"

Caso foi registrado ainda na última sexta-feira na zona Sul de Porto Alegre

24 out 2016 - 18h32
(atualizado às 18h35)
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Foto: Reprodução

A Polícia Civil gaúcha confirma que resta foragido apenas um dos três envolvidos no assassinato do empresário Marcelo Oliveira Dias, de 44 anos, morto por engano ao ser confundido com um traficante na última semana. O crime foi registrado no final da tarde da última quinta-feira (20), dentro do estacionamento de uma rede de supermercados na zona Sul de Porto Alegre. Dias procurava um lugar para deixar o carro quando foi alvejado, diante da filha de quatro anos, que também foi atingida. A criança foi encaminhada para atendimento médico e sobreviveu.

Conforme a investigação, o alvo dos criminosos era o líder de uma quadrilha rival atuante na região. Eles criaram um perfil falso em uma rede social a fim de atrair o suposto traficante até o local, se passando por uma jovem interessada em um encontro amoroso. Uma adolescente de 16 anos, que conhecia o homem procurado pelos criminosos, tinha a tarefa de identificá-lo, quando ele chegasse. 

Foi nesse momento em que os caminhos dos bandidos e da vítima se cruzaram e a tragédia ocorreu. Dias estava em um carro semelhante com o do inimigo da quadrilha e acabou confundido com o verdadeiro alvo. Ele foi atingido por 15 disparos, e morreu no local. Os atiradores fugiram, entraram em confronto com a polícia, mas acabaram detidos: dois deles foram presos em flagrante e um terceiro está foragido. A polícia espera encontrá-lo nos próximos dias. 

Dias não tinha qualquer registro em seu nome em ocorrências policiais. 

Caso se repete no Litoral Norte

Um caso semelhante foi registrado na noite de sexta-feira (21) em Terra de Areia, no Litoral Norte gaúcho. Conforme os dados da polícia e de testemunhas, Alexandre da Silva Machado, de 45 anos, parou o carro onde estava com as duas filhas pequenas para atender ao telefone. Neste momento, ele acabou no meio de uma perseguição entre bandidos e a Brigada Militar, sendo atingido por diversos disparos. Os relatos ainda dão conta de que os bandidos ordenaram que Machado saísse do carro, mas o uso de uma prótese em uma das pernas dificultou a saída do veículo, gerando os disparos. 

As crianças, de 6 e 9 anos, estavam no banco de trás e não se feriram. A filha mais velha, de 15 anos, seguia com o namorado no carro de trás e presenciou o assassinato do pai. Eles seguiam para um aniversário infantil na cidade de Rondinha. A polícia deve usar câmeras de segurança para tentar identificar os envolvidos no tiroteio, que fugiram em outro veículo. 

A família seguia para a festa a fim de animar as crianças. Elas haviam perdido a mãe a cerca de um mês, vítima de um infarto fulminante. Machado também não tinha passagens pela polícia.

Fonte: Especial para Terra
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