Ação contra suspeitos de planejar morte de autoridades prende 9 pessoas
Polícia Federal deflagrou Operação Sequaz na quarta-feira, 22
Até esta quinta-feira, 23, nove pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na articulação de uma organização criminosa que pretendia atacar autoridades e servidores públicos. A Operação Sequaz foi deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira, 22, e, no total, conta com 11 mandados de prisão.
De acordo com a PF, cerca de 120 policiais cumprem 24 mandados de busca e apreensão expedidos. Com relação aos 11 mandados de prisão, 7 são de preventiva e 4 de temporárias.
As ações envolvem os estados de Mato Grosso do Sul (MS), Rondônia (RO), São Paulo (SP) e Paraná (PR). Com relação aos nove suspeitos presos:
• Dois estavam Santa Bárbara do Oeste (SP);
• Três em Sumaré (SP);
• Dois em São Paulo (SP);
• Um em Hortolândia (SP);
• Um em Presidente Prudente (SP).
A Polícia Federal não divulgou mais detalhes de desdobramentos até a publicação desta matéria.
Entenda a Operação Sequaz
A Polícia Federal deflagrou na manhã de quarta-feira, 22, a Operação Sequaz para desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco Estados. O ex-juiz e atual senador do Paraná Sergio Moro (União Brasil) era um dos alvos dos criminosos.
De acordo com as investigações da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea em Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Mas, segundo a investigação, os principais suspeitos se encontravam em cidades paulistas e paranaenses.
"O nome da operação se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas", informou a PF.
Os alvos da facção
Nas redes sociais, o senador Sergio Moro (União Brasil - PR) afirmou que foi um dos alvos dos criminosos. Segundo informações divulgadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo, o ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro estava sendo monitorado desde janeiro. A informação foi confirmada pelo atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
"Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado", disse o senador em postagem no Twitter, que agradeceu a PF e demais autoridades de segurança envolvidas na operação.
Outro alvo dos criminosos era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Lincoln investiga desde os anos 2000 a facção criminosa, que atua dentro e fora dos presídios brasileiros, e já expandiu para outros países.
Mas, de acordo com Dino, o promotor era o alvo original, mas não o único. "Essas possibilidades envolviam também autoridades do sistema penitenciário de vários estados, integrantes da polícia de vários estados, e também o hoje senador da republica Sérgio Moro", completou o ministro da Justiça em coletiva de imprensa.
Esconderijos
A Polícia Federal localizou, na manhã de quarta-feira, 22, esconderijos de criminosos em endereço alvo da Operação Sequaz. Confira o vídeo:
O que foi apreendido
A corporação divulgou fotos dos materiais apreendidos que pertenciam à organização criminosa.
Entre os itens estão uma moto da marca BMW nas cores branco e azul, avaliada em torno de R$ 120 mil.
Também foi apreendido uma BMW branca, modelo X3. O carro é avaliado em torno de R$ 400 mil.
Em um cofre, a PF encontrou maços de dinheiro com notas de cinquenta reais. Também foram apreendidos relógios luxuosos e colares de ouro, com pingentes de crucifixo.