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Polícia

Advogada de mulher que levou cadáver a banco diz que idoso chegou vivo no local: 'Começou a passar mal’

Samu constatou que idoso estava morto havia pelo menos duas horas, mas defesa afirma que ele chegou vivo à agência bancária

17 abr 2024 - 15h20
(atualizado às 18h14)
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Cadáver em banco: o que já se sabe sobre o caso no Rio de Janeiro:

Paulo Roberto Braga, de 68 anos, teria chegado vivo à agência bancária em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo a advogada da mulher presa por ter levado o cadáver até o local, em uma cadeira de rodas, para pegar empréstimo de R$ 17 mil. As informações são da TV Globo Rio. 

Em um vídeo gravado por uma funcionária do banco, é possível ver Érika de Souza Vieira Nunes segurando a cabeça de Paulo, que pendia para trás. Ela também tenta fazê-lo segurar uma caneta. Quem aponta que o idoso não estava bem é a atendente do estabelecimento. Pouco depois, a polícia foi acionada.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e constatou o óbito. A polícia foi acionada após funcionários da unidade estranharam a atitude da mulher.

“Os fatos não aconteceram como foram narrados. O senhor Paulo chegou à unidade bancária vivo. Existem testemunhas também [que podem confiar], que no momento oportuno, serão ouvidas. Ele começou a passar mal e depois ocorreram todos esses trâmites. Tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da dona Érika”, afirmou à emissora a advogada Ana Carla de Souza Correa. 

Foto:

Apesar da alegação da defesa da suspeita, um dos socorristas do Samu afirmou que o idoso estava morto havia pelos menos duas horas. Conforme o depoimento, o tempo que o idoso estava sem vida foi constatado devido os livores – manchas arroxeadas que correspondem às zonas de falta ou acúmulo de sangue – que seu corpo apresentava. Essas características costumam aparecer após esse período em que a pessoa já está morta. 

Além disso, uma das funcionárias do banco também relatou às autoridades que achou o idoso muito debilitado, em um primeiro momento, mas, ao se aproximar, orientou que a assinatura fosse feita por ele igual à da carteira de identidade. Ela percebeu que ele estava pálido e sem sinais vitais quando ele não respondeu no momento em que deveria assinar o documento para liberar o empréstimo. 

O vídeo

Nas imagens, Érika aparece tentando ‘acordá-lo’ e colocando uma caneta nas mãos de Paulo. "Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer eu faço", diz ela no vídeo, tentando manter a mão do idoso, que estava mole, em cima da mesa (veja acima).

A mulher, que seria sobrinha e cuidadora dele, insiste para que ele assine o documento para liberar o empréstimo. "O senhor segura a cadeira forte para caramba aí. Ele não segurou a porta ali agora?", perguntou às funcionárias, que afirmam não terem visto. "Assina para não me dar mais dor de cabeça, eu não aguento mais", fala a mulher. 

Cadáver em banco: o que já se sabe sobre o caso no Rio de Janeiro
Cadáver em banco: o que já se sabe sobre o caso no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução

Em seguida, uma das funcionárias tenta conversar, questiona a aparência do idoso e diz que "ele não está bem". Porém, a mulher responde que ele é "assim mesmo". 

"Ele não diz nada, ele é assim mesmo. Tio, você quer ir para o UPA de novo?", questiona, mas o idoso, claro, não responde. 

Ao Terra, a Polícia Civil confirmou o caso e afirmou que a mulher foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. As autoridades apuram se ela realmente era parente dele. O corpo do idoso será examinado no Instituto Médico Legal (IML), para descobrir a causa da morte. 

Fonte: Redação Terra
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