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Polícia

Advogado de réu da Kiss deve defender pai de Bernardo

17 abr 2014 - 13h12
(atualizado às 13h49)
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Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS). Pai e madrasta foram presos por suspeita de envolvimento na morte
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS). Pai e madrasta foram presos por suspeita de envolvimento na morte
Foto: Facebook / Reprodução

O advogado Jarder Marques, que defende um dos réus do caso Boate Kiss, Kiko Spohr, deverá assumir a defesa do médico Leandro Boldrini - um dos suspeitos de ter participação na morte do filho, Bernardo, de 11 anos. Ele chegou ontem à noite ao município de Três Passos (RS), e passou a manhã desta quinta-feira conhecendo detalhes do processo contra o médico. A confirmação deverá ocorrer ainda hoje.

Na parte da manhã, a delegada titular da Delegacia de Três Passos, Caroline Bamberg Machado, responsável pelo caso, anunciou que a madrasta Graciele Ugolini prestará depoimento após a Páscoa. Depois do feriado, não está descartada a realização de uma reconstituição dos últimos passos da criança e dos supostos envolvidos no crime. Outra estratégia que a delegada deverá utilizar é colocar frente à frente os três suspeitos, a madrastra, o pai e a amiga da madrasta, a assistente social Edelvânia Wirganovicz. A delegada confirmou que o pai da criança prestou depoimento ontem à Polícia. Ela demonstrou convicção do envolvimento dele no assassinato de Bernardo. Por volta das 16h, a  delegada concederá nova coletiva de imprensa.

O corpo da criança foi encontrado na última segunda-feira em uma cova no município de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três passos, onde o menino vivia com o pai e a madrasta. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril.

No dia 4, dia em que Bernardo morreu, segundo o atestado de óbito, Edelvânia e Graciele viajaram de carro de Três Passos a Frederico, com a desculpa de comprar uma TV para o garoto. Ao chegar à casa da assistente social, misturaram pílulas dopantes no suco do menino, que adormeceu. Em seguida, Edelvânia informou que ele teria sido assassinado com a injeção, preparada pela enfermeira. Foi a assistente social quem indicou o lugar onde enterraram o menino. Ela não revelou sobre como conseguiram força suficiente para abrir a cova e sobre o que as levou a cometer o crime.

O pai do menino é suspeito de ocultar informações sobre o crime e pistas que comprometeriam sua mulher, Graciele. O casal e a amiga estão com prisão temporária decretada pela Justiça por um prazo de 30 dias. A polícia investiga a motivação para o crime e suspeita que possa ser ciúme doentio por parte da madrasta em relação a Bernardo, filho do primeiro casamento do médico. Outra hipótese investigada é financeira: a ex-mulher de Boldrini, a também enfermeira Odilaine Uglione Boldrini – que teria se matado em 2010, após o fim do relacionamento com o marido –, seria beneficiária de um acordo para receber R$ 1,5 milhão pelo fim do casamento, além de pensão mensal de R$ 10 mil. Segundo o advogado da família Uglione, Marlon Taborda, o menino seria beneficiário desse acordo quando chegasse à idade adulta.

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Fonte: Terra
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