Defendendo o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luis Marcelo Pesseghini em um processo por morte durante o trabalho, o advogado José Miguel da Silva Junior disse nesta quinta-feira não acreditar que a mulher do policial, a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini, tenha denunciado seus colegas do 18º BPM de São Paulo por envolvimento com roubos a caixas eletrônicos. A hipótese foi levantada pelo comandante do batalhão, coronel Wagner Dimas, que era chefe dela.
"No último contato que tivemos, ele não me confidenciou absolutamente nada disso. Acho que ele teria comentado comigo se acontecesse algo semelhante. Que eu tenha conhecimento, ela não estava envolvida em nenhum problema. O batalhão era problemático, sim, mas eu não posso falar de alguma coisa que eu não sei", ressaltou o advogado, que tem outros clientes na Rota.
O sargento foi encontrado morto na última segundo junto com a mulher, o filho Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, a sogra, Benedita de Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã dela, Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos. A principal linha de investigação da PM aponta que o garoto assassinou a família e cometeu suicídio depois.
O defensor, porém, acha "prematuro" culpar o menino. "É prematuro atribuir o fato a uma pessoa de 13 anos sem esgotar todas as investigações. Até como advogado dele no último caso, eu estou chocado com essa situação", afirmou.
Em nota, o Comando da Policia Militar afirmou "que não houve qualquer denúncia registrada na Corregedoria da PM, ou no Batalhão, por meio da cabo Andréia Pesseghini contra policiais militares". De acordo com a mensagem, "foram consultados arquivos da Corregedoria, do Centro de Inteligência e do próprio Batalhão e nada foi identificado, portanto, será instaurado um procedimento para apurar as declarações do Coronel Wagner Dimas Alves Pereira, Comandante do 18º Batalhão, não alterando em nada o rumo das investigações".
O delegado Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que fez um requerimento para que ele seja ouvido no inquérito. Após a entrevista dada por Wagner Dimas à Rádio Bandeirantes, ele foi ouvido pela corregedoria da Polícia Militar para falar sobre o assunto. "Efetivamente ele vai ser chamado e ouvido nos autos", disse o delegado.
6 de agosto - A escola onde o menino de 13 anos estudava ficou fechada nesta terça-feira, após o crime na Brasilândia
Foto: Fábio Santos / Terra
5 de agosto - Havia grande movimentação de policiais, peritos e curiosos na casa onde ocorreu o crime
Foto: Edison Temoteo / Futura Press
5 de agosto - O local do crime foi cercado por policiais da Rota e de outros batalhões
Foto: Edison Temoteo / Futura Press
Casal de PMs, filho e mais duas pessoas foram encontrados mortos em casa
Foto: Reprodução / Futura Press
Foto do sargento da Rota ao lado do filho, dentro do batalhão
Foto: Facebook / Reprodução
A PM Andreia Regina Bovo Pesseghini posa para foto com o filho, Eduardo, 13 anos
Foto: Facebook / Reprodução
Andreia e Luis Marcelo eram policiais militares - ele trabalhava na Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Foto: Facebook / Reprodução
A Polícia Civil investiga as circunstâncias do assassinato de cinco pessoas da mesma família na Brasilândia
Foto: Facebook / Reprodução
Andreia publicava fotos da família no Facebook
Foto: Facebook / Reprodução
O casal, o filho, a mãe e a tia de Andreia foram encontrados mortos na casa da família, em São Paulo
Foto: Facebook / Reprodução
6 de agosto - A vizinha Rosimery Teixeira, 50 anos, disse que a família não tinha inimigos
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Portão da casa onde a família morava no bairro Brasilândia, na capital paulista
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Polícia aborda vizinhos e familiares para esclarecer chacina em São Paulo
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Polícia fez segurança para preservar o local do crime na Brasilândia
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Cachorro da família morta em chacina na capital paulista
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Cortejo trazendo os corpos de Luis, Andreia, Marcelo, Benedita e Bernardete Oliveira da Silva para o velório chegou às 13h52 no cemitério Gethsêmani Anhanguera
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Os cinco mortos na chacina em São Paulo foram velados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista.
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Velório foi marcado pela comoção de familiares, amigos e colegas de trabalho dos policiais
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Cortejo com corpos chegou escoltado por viaturas da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Velório em conjunto das vítimas da chacina durante cerca de uma hora
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e amigos demonstraram muita comoção durante o velório
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Muitos policiais da Rota estiveram no velório
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Polícia trabalha com a hipótese de que o filho do casal, Marcelo, possa ter assassinado os familiares e depois cometido suicídio
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Carros funerários transportaram os corpos do Instituto Médico Legal até o cemitério na rodovia Anhanguera
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Mortos na chacina receberam flores e homenagens durante a despedida
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Muitos policiais da Rota compareceram à despedida do sargento Luis e seus familiares
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Amigos e familiares durante velório da família encontrada morta na segunda-feira na Brasilândia, em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Carro funerário seguiu para Rio Claro pela rodovia Anhanguera, escoltado por cerca de 10 viaturas da Rota
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Bernardete Oliveira da Silva é enterrada em Rio Claro
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - O adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Por volta das 15h, quatro corpos (dos pais, da avó e do menino) saíram, sob escolta de viaturas da Rota, em direção à cidade de Rio Claro
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - O cortejo dos corpos foi escoltado por duas viaturas da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Os corpos dos cinco familiares foram velados sob clima de comoção nesta terça-feira na capela do cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Ao fim da cerimônia, vários colegas de profissão dos policiais deixaram o cemitério consternados, e familiares afirmavam não acreditar na versão da polícia de que o garoto teria disparado contra as quatro vítimas e se suicidado
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - O enterro dos quatro, no cemitério Parque das Palmeiras, em Rio Claro, foi reservado apenas aos familiares
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Os policiais militares Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andréia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, o filho do casal, Marcelo Eduardo Pesseghini, 13 anos, e a mãe de Andréia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, foram enterrados nesta terça-feira, em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - O sargento Fábio Pesseguini, irmão de Luiz Marcelo, se emociona durante o enterro dos familiares
Foto: Bruno Santos / Terra
Imagem de câmera de segurança mostra o menino Marcelo após ter estacionado o carro da mãe próximo à escola onde estudava
Foto: Reprodução / Futura Press
8 de agosto - O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio Blazeck, responsável pela investigação do caso, chega ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP)
Foto: Eduardo Ferreira / Futura Press
9 de agosto - Casa onde ocorreu a chacina foi pichada por desconhecidos: "Que a verdade seja dita"
Foto: Renato Ribeiro Silva / Futura Press
16 de agosto - Flores foram deixadas em frente à casa da família
Foto: Daniel Fernandes / Terra
16 de agosto - Muros foram pichados alegando a inocência do adolescente
Foto: Daniel Fernandes / Terra
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Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.
A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.
Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.