Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Polícia

Advogado não acredita em denúncia de mulher de PM morto em chacina

8 ago 2013 - 11h19
(atualizado às 11h26)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, teria matado a fam&iacute;lia e cometido suic&iacute;dio, segundo a PM</p>
Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, teria matado a família e cometido suicídio, segundo a PM
Foto: Facebook / Reprodução

Defendendo o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luis Marcelo Pesseghini em um processo por morte durante o trabalho, o advogado José Miguel da Silva Junior disse nesta quinta-feira não acreditar que a mulher do policial, a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini, tenha denunciado seus colegas do 18º BPM de São Paulo por envolvimento com roubos a caixas eletrônicos. A hipótese foi levantada pelo comandante do batalhão, coronel Wagner Dimas, que era chefe dela.

"No último contato que tivemos, ele não me confidenciou absolutamente nada disso. Acho que ele teria comentado comigo se acontecesse algo semelhante. Que eu tenha conhecimento, ela não estava envolvida em nenhum problema. O batalhão era problemático, sim, mas eu não posso falar de alguma coisa que eu não sei", ressaltou o advogado, que tem outros clientes na Rota.

O sargento foi encontrado morto na última segundo junto com a mulher, o filho Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, a sogra, Benedita de Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã dela, Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos. A principal linha de investigação da PM aponta que o garoto assassinou a família e cometeu suicídio depois.

O defensor, porém, acha "prematuro" culpar o menino. "É prematuro atribuir o fato a uma pessoa de 13 anos sem esgotar todas as investigações. Até como advogado dele no último caso, eu estou chocado com essa situação", afirmou.

Em nota, o Comando da Policia Militar afirmou "que não houve qualquer denúncia registrada na Corregedoria da PM, ou no Batalhão, por meio da cabo Andréia Pesseghini contra policiais militares". De acordo com a mensagem, "foram consultados arquivos da Corregedoria, do Centro de Inteligência e do próprio Batalhão e nada foi identificado, portanto, será instaurado um procedimento para apurar as declarações do Coronel Wagner Dimas Alves Pereira, Comandante do 18º Batalhão, não alterando em nada o rumo das investigações".

O delegado Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que fez um requerimento para que ele seja ouvido no inquérito. Após a entrevista dada por Wagner Dimas à Rádio Bandeirantes, ele foi ouvido pela corregedoria da Polícia Militar para falar sobre o assunto. "Efetivamente ele vai ser chamado e ouvido nos autos", disse o delegado.

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade