Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Polícia

AL: 2 testemunhas depõem no 1º dia de júri da morte de PC Farias

Quatro policiais militares são acusados de envolvimento nos assassinatos de PC Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, em 1996

6 mai 2013 - 20h08
(atualizado em 9/5/2013 às 10h04)
Compartilhar
Exibir comentários
Os réus José Geraldo da Silva, Reinaldo Correia de Lima Filho, Adeildo Costa dos Santos e Josemar Faustino dos Santos
Os réus José Geraldo da Silva, Reinaldo Correia de Lima Filho, Adeildo Costa dos Santos e Josemar Faustino dos Santos
Foto: Itawi Albuquerque / Futura Press

O primeiro dia do julgamento dos quatro policiais militares acusados de envolvimento nos assassinatos do empresário Paulo César Farias e da namorada dele, Suzana Marcolino, ocorridos em 1996, teve o depoimento de duas testemunhas. O servente Leonino Tenório de Carvalho e o garçom Genival da Silva França, que trabalhavam para PC Farias, foram os únicos a serem ouvidos nesta segunda-feira no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió (AL).

Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva respondem por homicídio qualificado por omissão. As mortes ocorreram em uma casa de veraneio na praia de Guaxuma, na capital alagoana. PC Farias, como era conhecido o empresário, ganhou notoriedade após assumir a função de tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

O júri popular começou por volta das 14h, com uma hora de atraso. Cinco homens e duas mulheres foram sorteados como jurados. Dos quatro jurados, apenas José Geraldo da Silva não está vestido com a farda da Polícia Militar.

A primeira testemunha a depor foi Leonino Tenório de Carvalho, servente que trabalhava com PC Farias na época do crime. Ele afirmou que nunca presenciou brigas entre o empresário e sua namorada. O servente também disse que conhece os quatro réus, que faziam a segurança de PC Farias.

Leonino foi arrolado pelo Ministério Público. Ele confirmou que José Geraldo da Silva e Adeildo Costa dos Santos trabalhavam no dia em PC Farias e Suzana Marcolino foram mortos.

O servente disse que arrombou, junto com os seguranças e com o garçom Genival da Silva França, a janela do quarto onde o casal estava morto. Ele também confirmou que queimou o colchão no qual estavam os corpos, após o trabalho da perícia.

O garçom Genival da Silva França foi a segunda testemunha a depor. Ele disse que PC Farias "era como um pai" e que o empresário tinha um relacionamento "muito bom" com os seguranças. O garçom também afirmou que Augusto Farias, irmão de PC Farias, foi uma das primeiras pessoas a chegar na cena do crime e também entrou pela janela arrombada.

Augusto Farias é uma das 27 testemunhas chamadas para depor. Nesta terça-feira, o julgamento deve começar às 8h e seguir até as 20h. A previsão é que a sentença já saia na quinta-feira.

O Ministério Público acredita que os depoimentos deverão durar, pelo menos, dois dias. Na sequência, os peritos serão interrogados e, por último, sentarão no banco dos réus os acusados.

Os crimes

Paulo César Farias e Suzana Marcolino foram assassinados na madrugada do dia 23 de junho de 1996, em uma casa de praia em Guaxuma. À época, o empresário respondia a vários processos e estava em liberdade condicional. Ele era acusado dos crimes de sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte de PC Farias chegou a ser investigada como queima de arquivo, já que a polícia suspeitou que o ex-tesoureiro poderia revelar nomes de outras pessoas que teriam participação nos mesmos ilícitos.

Entretanto, a primeira versão do caso, que foi apresentada pelo delegado Cícero Torres e pelo legista Badan Palhares, apontou para crime passional. Suzana teria assassinado o namorado e, na sequência, tirado a própria vida. A versão foi contestada pelo médico George Sanguinetti, que descartou tal possibilidade e, mais tarde, novamente questionada por uma equipe de peritos convocados para atuar no caso. Os profissionais forneceram à polícia um contralaudo que comprovaria a impossibilidade, de acordo com a posição dos projéteis, da tese de homicídio seguido de suicídio.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade