Alckmin: suposta execução de homem por PMs é "intolerável"
- Hermano Freitas
- Direto de São Paulo
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou na tarde desta segunda-feira no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, como "intolerável" a suposta execução de um homem já detido e dominado por 5 policiais militares. Registrado em vídeo e exibido no programa Fantástico, o possível ajuste de contas resultou na prisão de todos os agentes presentes no local.
De acordo com o governador, que nesta tarde assinou acordo de cooperação com o governo federal para combater o crime organizado com o ministro José Eduardo Cardoso, a investigação dos fatos pode levar à expulsão dos policiais da corporação. "Poucas horas depois da descoberta do fato, cinco policiais foram presos e responderão a processo. Aqueles que forem responsabilizados, serão expulsos da polícia. Não há nenhuma tolerância", disse.
No vídeo, que teria sido produzido no sábado, um servente de 25 anos leva um tapa e depois um chute e um disparo é ouvido, pouco antes da movimentação da viatura que atendia a ocorrência. No documento que registra o fato, os PMs afirmam que o corpo foi encontrado em uma viela.
As investigações em caso de resistência seguida de morte são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para garantir independência nas averiguações, segundo Alckmin, que ressalvou que a PM tem 130 mil homens e que a ação de maus policiais é algo "excepcional".
A reunião com membros do Ministério da Justiça que selou o acordo entre as duas esferas de governo estabeleceu que as ações de contenção de contrabando de armas de drogas na fronteira acontece na segunda-feira, disse o ministro José Eduardo Cardozo. Foi determinado o investimento de R$ 60 milhões em uma central de controle integrado das duas polícias.