Aluna diz ter sido convidada para ataque em escola de SP
Estudante chegou a registrar um boletim de ocorrência e polícia investiga possível ajuda no crime
O autor do ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo, chegou a convidar uma colega para participar da ação, segundo a Polícia Civil. Uma professora morreu após ser golpeada com uma faca pelo aluno, e outras cinco pessoas foram feridas na segunda-feira, 27.
A informação foi confirmada pela polícia ao jornal Folha de S. Paulo. Agora, a polícia investiga se o adolescente, de 13 anos, foi incentivado por estudantes da escola ou por pessoas na internet a cometer o crime.
Segundo o delegado Marcus Vinicius Reis, titular do 24º DP (Vila Sônia), informou ao jornal, uma aluna da mesma escola registrou um boletim de ocorrência alegando que foi avisada do ataque pelo agressor, que fez um convite para que ela também participasse do crime. Não foi informada a data do boletim de ocorrência e nem do convite feito à adolescente.
A menina disse que acreditou tratar-se de uma brincadeira, e depois recusou o convite. Ela ainda deve ser ouvida pela polícia, mas ainda não há data para o depoimento. A polícia também deve ouvir a professora Ana Célia Rosa, que foi ferida no ataque.
A investigação aguarda uma resposta da Justiça para um pedido de quebra de sigilo telemático de aparelhos eletrônicos do adolescente autor do ataque. Os eletrônicos devem ser analisados para que a polícia saiba com quem ele se comunicava.
Até o momento, os indícios apontam para um planejamento e execução solitários por parte do aluno. Já se sabe que ele usava as redes sociais para falar abertamente sobre a possibilidade de cometer o crime, além de levar o assunto para dentro da escola.
Uma funcionária da Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande SP, onde o aluno estudava anteriormente, já havia registrado um boletim de ocorrência afirmando que o aluno compartilhava vídeos portando armas de fogo e simulava ataques violentos.
O adolescente chegou a ameaçar um colega de morte. O agressor seria encaminhado para atendimento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
Momentos antes do ataque, na manhã de segunda-feira, 27, o aluno publicou no Twitter que faria uma “baguncinha” na escola.