Aluno da PUC-SP vira réu acusado de ser mentor de sequestro de colega
Caso, que tramita na 19ª Vara Criminal de São Paulo, aconteceu em dezembro do ano passado
O estudante de fonoaudiologia da PUC-SP Fernando de Souza das Neves, de 42 anos, foi preso suspeito de participar do sequestro de um colega e se tornou réu no processo. O caso aconteceu em dezembro do ano passado e tramita na 19ª Vara Criminal de São Paulo.
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As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 20, pelo colunista Rogério Gentile, do UOL. De acordo com o jornalista, a juíza responsável pelo processo, Giovana Furtado de Oliveira, marcou para o dia 6 de agosto a audiência de instrução, debates e julgamento.
Segundo as investigações, o crime aconteceu após a vítima, de 18 anos, ter contado a Neves que tinha uma dívida de R$ 5 mil. O estudante ofereceu ajuda, marcou de encontrá-lo próximo ao metrô Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, afirmando que tinha dinheiro na sua casa, e o convidou para ir até lá. No caminho, o convenceu a passar em uma biqueira para comprar drogas, onde houve uma emboscada.
Durante o período que estiveram em cativeiro, Noves disse à vítima que também tinha sido sequestrado, que os criminosos diziam que ele já tinha feito um Pix de R$ 50 mil para o resgate e que só faltava a parte do jovem, o que não era verdade.
O rapaz foi libertado no dia seguinte, após negociação envolvendo a família dele. A polícia passou a desconfiar de Novaes. De acordo com o colunista do UOL, o endereço que ele tinha passado ao colega não era verdadeiro e, apesar dele ter afirmado não ter envolvimento com os sequestradores, as autoridades passaram a considerá-lo o mentor do crime.
O advogado dele, Ricardo Bonalume, alegou que Novaes é usuário de drogas, que passou por intervenção psiquiátrica e que, "durante sua prisão na delegacia, precisou intervir inúmeras vezes naquela carceragem devido à dificuldade de o investigado conviver com outros presos". O profissional pediu para que o cliente passasse por um exame psiquiátrico, que foi rejeitado.
Além de Novaes, também foram denunciados Jeferson da Silva e Felipe Barbosa. Ambos negam o crime.