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Polícia

Após aparecimento dos móveis, Michelle Bolsonaro promete 'medidas judiciais'

No início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que os 261 móveis do Palácio da Alvorada haviam sido levados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

21 mar 2024 - 16h30
(atualizado às 16h33)
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Michelle Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama do Brasil, compartilhou nota em que fala sobre os 261 móveis do Palácio da Alvorada que foram localizados. No início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que os itens haviam sido levados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No pronunciamento, Michelle afirmou que "agora que a verdade veio à tona, as medidas judiciais serão adotadas".

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Foto: primeira-dama, Michelle Bolsonaro' - Reprodução / Perfil Brasil

A ex-primeira-dama disse que a gestão de Lula estava procurando criar "uma cortina de fumaça para tirar o foco da notícia de que eles gastariam o dinheiro do povo para comprar móveis luxuosos por puro capricho e sem licitação".

"Durante muito tempo esse governo quis atribuir a nós o desaparecimento de móveis do Alvorada, inclusive insinuando que eles teriam sido furtados na nossa gestão. Na verdade, eles sempre souberam que isso era uma mentira", disse o texto de Michelle Bolsonaro.

Os móveis

Durante a primeira semana de governo do presidente Lula, a atual primeira-dama, Janja, realizou registros do Palácio da Alvorada, nos quais mostrou janelas quebradas, infiltrações e casos de má conservação do patrimônio presidencial. Dentre os problemas citados pela então nova gestão, também estava listado o desaparecimento das 261 peças do mobiliário.

Os móveis acabaram sendo encontrados em diferentes localidades do Palácio, informação essa que foi revelada pela Folha de São Paulo. Em janeiro de 2023, o presidente Lula sugeriu em café da manhã com jornalistas, que as peças teriam sido levadas pelo casal Bolsonaro.

"O quarto que tinha cama, já não tinha mais cama, já estava totalmente... eu não sei como é que fizeram. Não sei porque fizeram. Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público. Tem que ser cuidado", afirmou. "Agora o Palácio está uma coisa assim, pelo menos a parte de cima, está uma coisa como se não tivesse sido habitada, porque está todo desmontado, não tem cama, não tem sofá. Possivelmente, se fosse dele, ele tinha razão de levar mesmo. Mas ali é uma coisa pública", completou Lula.

Leia a nota completa de Michelle Bolsonaro

Quanto à acusação caluniosa feita pelo atual governo sobre o alegado "sumiço dos móveis do Palácio da Alvorada".

Em relação ao caso, a presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro sempre fez questão de ressaltar que, no início do governo Bolsonaro, os móveis da residência oficial foram colocados nos depósitos do próprio Alvorada para serem substituídos pelos móveis pessoais do casal - o que não é proibido pela legislação vigente.

Em 2022, um relatório da Comissão de Inventário Anual da Presidência da República apressou-se em apontar a falta de 261 bens móveis do Palácio da Alvorada por não terem sidos localizados nas dependências oficiais durante a conferência por eles realizadas.

Aparentemente, a fim de criar uma cortina de fumaça e procurar esconder o real motivo das acusações caluniosas - comprar móveis luxuosos sem licitação - o governo, em várias declarações públicas, fez questão de acusar o casal Bolsonaro insinuando que eles teriam "sumido" com os bens materiais de natureza pública, o que foi desmentido pela própria comissão de inventário ao refazer a conferência e constatar que os objetos estão guardados no almoxarifado do Palácio e nas dependências da residência oficial, sem nenhum "sumiço".

Sobre o tema, Michelle Bolsonaro disse que "durante muito tempo esse governo quis atribuir a nós o desaparecimento de móveis do Alvorada, inclusive insinuando que eles teriam sido furtados na nossa gestão. Na verdade, eles sempre souberam que isso era uma mentira, mas queriam uma cortina-de-fumaça para tirar o foco da notícia de que eles gastariam o dinheiro do povo para comprar móveis luxuosos por puro capricho e sem licitação. Essa é uma técnica recorrente deles. Apesar de todo desgaste emocional que isso me causou, eu sempre tive a certeza de que Deus traria a verdade à tona, não só nesse caso, mas em todas as falsas acusações que essas pessoas usadas pelo mal têm feito contra nós. Agora que a verdade veio à tona, as medidas judiciais serão adotadas".

Como a imprensa já noticiou, o atual governo de fato comprou, com o dinheiro do povo e sem licitação, móveis de luxo para o Alvorada. Gastos exorbitantes de quase R$ 200 mil em apenas 6 móveis, dinheiro que poderia ter sido utilizado, por exemplo, nos projetos sociais que foram abandonados e tiveram seus patrocínios cortados.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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