Depois da série de ataques a Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no Rio de Janeiro nos últimos dias, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) passou a ocupar as comunidades Parque União e Nova Holanda, no Conjunto de Favelas da Maré, na zona norte do Rio. O batalhão está na comunidade desde a noite de sexta-feira, conforme a assessoria da corporação.
As operações policiais ocorrem também em outros pontos da zona norte. No Morro do Juramento, policiais militares do 41º Batalhão (Irajá) fazem buscas e, no Juramentinho, há uma operação da Polícia Civil. No morro do Chapadão, o Batalhão de Choque da PM faz uma operação de busca.
Hoje pela manhã foram apreendidos 7 quilos de maconha e 2 quilos de cocaína no Parque União. O Bope já ocupa desde o último sábado (15) o Complexo de Favelas do Alemão. A ação faz eco ao ataque contra bases de UPPs ontem, nas comunidades de Manguinhos e Lins de Vasconcelos. Na ação dos criminosos, contêineres da UPP do Mandela foram incendiados e o comandante da UPP de Manguinhos, capitão Gabriel Toledo, foi atingido por um tiro na perna direita. Outro militar foi atingido por uma pedrada na cabeça e, na semana passada, o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Acácio, foi baleado na testa ao ser cercado por um grupo de criminosos. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Todos os policiais militares do Rio estão de prontidão por tempo indeterminado. Os agentes que estão de serviço não vão sair em seus horários como de costume, e quem chega para o novo turno teve o expediente foi prorrogado. Além disso, o Comando da Polícia Militar cancelou as folgas. Dessa forma, o efetivo policial das 37 unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) já instaladas está dobrado.
Ontem, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, para pedir apoio de forças federais na segurança da capital. A ajuda será concedida, mas ainda não foi divulgado quando terá início.
O policiamento foi reforçado na manhã desta sexta-feira nas regiões das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) atacadas por bandidos, principalmente no Complexo de Manguinhos. A Avenida Leopoldo Bulhões ficou fechada por quase seis horas e os moradores da comunidade passaram 12 horas sem luz
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Após os seguidos ataques a unidades de Polícia Pacificadora em comunidades do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral afirmou na madrugada desta sexta-feira que iria solicitar à Presidência da República o apoio de Forças Federais para conter a onda de violência nesses locais
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Na quinta-feira, o comandante da UPP Manguinhos, na zona norte da capital fluminense, capitão Gabriel Toledo, foi ferido na perna direita durante uma manifestação contra a desocupação de um prédio ao lado da Distribuidora de Suprimentos Disup, para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na avenida Leopoldo Bulhões
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Moradores da comunidade de Manguinhos retomam rotina após ataques
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Moradores da comunidade de Manguinhos retomam rotina após ataques
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O policiamento seguia reforçado na manhã desta sexta-feira nas regiões com unidades de Polícia Pacificadora que foram atacadas por bandidos
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O policiamento seguia reforçado na manhã desta sexta-feira nas regiões com unidades de Polícia Pacificadora que foram atacadas por bandidos
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O conflito começou por volta das 18h de quinta-feira, quando o comandante da UPP Manguinhos, na zona norte da capital fluminense, capitão Gabriel Toledo, foi ferido na perna direita durante uma manifestação contra a desocupação de um prédio ao lado da Distribuidora de Suprimentos Disup, para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na avenida Leopoldo Bulhões
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), durante o protesto, um policial foi atingido por uma pedra na cabeça e carros da polícia também foram atacados. A avenida Leopoldo Bulhões foi interditada pelos moradores com a queima de pneus e pedaços de madeira
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Moradora recolhe destroços em meio à deflagração do confronto entre policiais e bandidos no Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O sistema de energia elétrica foi atingido pelo fogo e os moradores ficaram 12 horas sem luz
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O governador Sérgio Cabral está a caminho de Brasília onde deve se reunir com a presidente Dilma Rousseff para discutir os recentes episódios de violência nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio. Cabral, o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame vão pretendem propor um plano de segurança para o estado. Cabral adiantou que vai solicitar o apoio das forças federais
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O governador Sérgio Cabral está a caminho de Brasília onde deve se reunir com a presidente Dilma Rousseff para discutir os recentes episódios de violência nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio. Cabral, o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame vão pretendem propor um plano de segurança para o estado. Cabral adiantou que vai solicitar o apoio das forças federais
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O governador Sérgio Cabral está a caminho de Brasília onde deve se reunir com a presidente Dilma Rousseff para discutir os recentes episódios de violência nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio. Cabral, o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame vão pretendem propor um plano de segurança para o estado. Cabral adiantou que vai solicitar o apoio das forças federais
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O sistema de energia elétrica foi atingido pelo fogo e os moradores ficaram 12 horas sem luz
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O sistema de energia elétrica foi atingido pelo fogo e os moradores ficaram 12 horas sem luz
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O sistema de energia elétrica foi atingido pelo fogo e os moradores ficaram 12 horas sem luz
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Policial vigia rua no Rio de Janeiro; recrudescimento do conflito e pedido de ajuda federal
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Marca de bala em placa da UPP
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O sistema de energia elétrica foi atingido pelo fogo e os moradores ficaram 12 horas sem luz
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Policial vigia rua no Rio de Janeiro; recrudescimento do conflito e pedido de ajuda federal
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Uma moradora, que preferiu não se identificar, acompanhou de perto o ataque à Unidade de Polícia Pacificadora de Manguinhos e chegou a ajudar duas policiais militares que acabaram encurraladas depois que os contêineres em que está instalada a sede da polícia na região foram incendiados.
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Ela conta que estava na casa da mãe, em frente à UPP, no fim da tarde de ontem, quando um grupo de cerca de 50 pessoas passou correndo e atirando pedras e coquetéis molotovs contra a UPP e mandando que os moradores entrassem em casa
Foto: Mauro Pimentel / Terra
"Quebraram tudo, jogaram pedra, colocaram fogo. Foram para cima do contêiner, os policiais ficaram tentando segurar a porta, até que não conseguiram mais e o pessoal invadiu e colocou fogo", lembra. "Parecia um filme de ação."
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Da casa da mãe ela viu quando os contêineres começaram a pegar fogo e a polícia deixou o local. Com medo, duas PMs que estavam dentro da unidade fugiram para baixo da escada da casa da mãe da moradora. "Elas começaram a chorar dizendo que iam morrer. Tentamos ajudar, acalmar elas", diz
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Depois, toda a comunidade ficou sem luz. Por conta do calor, a mulher conta que ela e vários vizinhos optaram por dormir em frente às casas
Foto: Mauro Pimentel / Terra
"Colocamos um tapete e um colchão no chão, me agarrei na minha filha de 7 anos e fiquei tentando dormir. Os outros vizinhos também foram para a rua, dentro de casa estava um forno. Os policiais ficavam passando, os helicópteros sobrevoando. Parecia uma cena de filme. Só meu marido não dormiu. Ficou sentado em uma cadeira cuidando da gente e olhando o que acontecia na rua", diz