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Polícia

Após incêndio, juíza recebe ameaças por casamento gay no RS

12 set 2014 - 17h46
(atualizado às 18h00)
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<p>A ju&iacute;za Carine Labres, idealizadora do casamento coletivo de 29 casais, entre eles um casal homoafetivo, em um CTG, realiza uma vistoria na entidade ap&oacute;s inc&ecirc;ndio desta madrugada</p>
A juíza Carine Labres, idealizadora do casamento coletivo de 29 casais, entre eles um casal homoafetivo, em um CTG, realiza uma vistoria na entidade após incêndio desta madrugada
Foto: Fabian Ribeiro/Raw Image / Frame

A juíza Carine Labres, da comarcada de Santana do Livramento , responsável pelo casamento coletivo com a participação de um casal gay que seria realizado em um Centro de Tradições Gaúchas, incendiado na madrugada de quinta-feira, voltou a receber ameaças em seu gabinete, após assegurar que a cerimônia seria realizada.

Ela também conseguiu a exclusão de uma página falsa do Facebook que atribuía a ela ofensas contra gaúchos. Segundo sua assessoria, após a exclusão, as medidas judiciais já foram tomadas contra o criador do perfil.

Em virtude das ameaças, Carine Labres teve sua segurança reforçada e foi aconselhada pelo núcleo de inteligência do tribunal a não dar mais entrevistas para evitar novos ataques. Ela deve dar uma entrevista coletiva no começo da noite desta sexta-feira, para informar se o casamento será realizado no CTG incendiado, ou se ocorrerá em outro local.

O CTG Sentinelas do Planalto foi incendiado na madrugada de quinta-feira, após o administrador do estabelecimento, Gilbert Gisler, conhecido como Xepa, ter recebido ameaças por conta da realização de um casamento gay no local.

<p>Na foto, o patr&atilde;o do CTG Gilbert Gisler, emocionado, abra&ccedil;a a filha</p>
Na foto, o patrão do CTG Gilbert Gisler, emocionado, abraça a filha
Foto: Fabian Ribeiro/Raw Image / Frame

A polícia já tem suspeitos, e trabalha com a hipótese de incêndio criminoso, uma vez que testemunhas relataram que homens teriam ateado fogo no CTG.

Após o incêndio, que destruiu o palco, um mutirão de voluntários trabalha incessantemente para reconstruir o local a tempo para a cerimônia. Entretanto, o local só poderá ser utilizado, caso o Corpo de Bombeiros emita um laudo autorizando a realização do evento.

Fonte: Terra
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