Após morte de delegado em assalto em SP, vizinhos relatam rotina na região
Mauro Guimarães Soares morreu na rua Caio Graco, após reagir a um assalto; todos os dias ele comprava jornal na banca de Fernando
"O dr. Mauro era meu cliente há 11 anos", comentou o jornaleiro Fernando Antônio Pesqueira, dono de uma banca de jornal localizada próximo o local onde o delegado Mauro Guimarães Soares foi morto na manhã deste sábado, após uma tentativa de assalto. "Eu até me oferecia para levar o jornal para ele, mas ele dizia que precisava caminhar e, por isso, vinha até a banca", disse.
O delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) fazia o trajeto da casa até a banca todos os dias, segundo o jornaleiro.
Com medo da criminalidade, ele diz adotar alguma estratégias de segurança para evitar ser uma vítima também. "Eu tenho trabalhado com meu portão de ferro totalmente fechado, ou meio aberto. Minhas clientes precisam tocar para eu atender", afirma.
O que aconteceu na rua Caio Graco
O delegado de classe especial Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, morreu após ser baleado no peito durante uma tentativa de assalto no fim da manhã deste sábado, 21, na Vila Romana, zona oeste da cidade de São Paulo. Enquanto caminhava com a esposa, Ana Paula Soares, que também é policial, Mauro reagiu ao ser abordado por dois bandidos numa moto, segundo relatos de testemunhas. Enzo Campos, que efetuou os disparos, também foi atingido e levado a hospital.