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Polícia

Após mortes, taxistas rejeitam metade das corridas, diz sindicato

4 abr 2013 - 16h55
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<p>Taxista protesta contra a violência em Porto Alegre</p>
Taxista protesta contra a violência em Porto Alegre
Foto: Daniel Favero / Terra

Após a morte de três taxistas na noite de sábado, em Porto Alegre, os motoristas têm convivido com o medo durante a madrugada. A escolha de passageiros, que já era criteriosa, passou a ser ainda mais rígida, o que tem feito com que 50% das corridas sejam rejeitadas, segundo afirma o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintaxi) , Luiz Nozari.

"Os taxistas sempre trabalharam sob medo e pela situação inusitada dos fatos, que culminaram na morte de três colegas, essa situação ficou acentuada (...) nesses dias, 50% das corridas são rejeitadas", diz o sindicalista, ao afirmar que o medo também se espalhou entre os passageiros, que não sabem se o motorista é taxista ou se é um bandido que está usando o veículo para assaltar.

"Trabalhamos com medo e nesses dias a situação se agrava, as corridas na quais o motoristas se arriscava um pouco, hoje são rejeitadas, mas os passageiros não têm culpa disso", afirma.

Na reunião realizada entre taxistas e governo do Estado, na tarde de quarta-feira, um dos motoristas afirmou que tem rejeitado boa parte das corridas, apesar da lei determinar o contrário. Neste mesmo encontro, o presidente do Sintaxi deixou a mesa após não lhe ter sido concedida a palavra. 

"Eu estive lá a convite do governador, fui como representante da categoria que tem 9.576 sócios, obviamente, não me passou pela cabeça ouvir explanação do Tarso sobre as  maravilhas do governo, fui esperando ouvir uma explanação sobre o financiamento para as cabines e para a instalação de cartões (de débito e crédito)", criticou.

Nozari considerou ainda irresponsável a divulgação de um lista com 17 pontos críticos para os motoristas. "Já tínhamos apresentado a mesma lista para a Brigada Militar (PM local) na segunda-feira, mas divulgar isso daquela forma torna esses pontos inócuos porque o assaltante lê jornal e não vai mais atuar naqueles locais", afirmou.

Fonte: Terra
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