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Polícia

'Aqui só tem eu, Moreira e o demônio', disse guarda que matou secretário em Osasco

A vítima foi titular da Secretaria de Segurança da cidade em 2018, e era servidor público há mais de 25 anos

7 jan 2025 - 10h38
(atualizado às 11h45)
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Movimentação em frente à Prefeitura de Osasco onde um guarda-civil matou o secretário adjunto da Segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos, a tiros dentro do local, na região metropolitana de São Paulo, no início da noite desta segunda-feira, 6.
Movimentação em frente à Prefeitura de Osasco onde um guarda-civil matou o secretário adjunto da Segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos, a tiros dentro do local, na região metropolitana de São Paulo, no início da noite desta segunda-feira, 6.
Foto: FRANCISCO CEPEDA/ESTADÃO CONTEÚDO

Um guarda civil municipal matou o secretário-adjunto de Segurança de Osasco (SP) dentro da Prefeitura do município após um desentendimento na tarde dessa segunda-feira, 6. A vítima era Adilson Custódio Moreira, de 53 anos. O crime aconteceu após uma reunião.

No encontro, o guarda Henrique Marival de Sousa, de 46 anos, se desentendeu com Moreira. Segundo informações do boletim de ocorrência, divulgadas pela CNN Brasil, a reunião tinha como objetivo esclarecer mudanças na escala de trabalho. A troca na escala teria motivado a morte do secretário.

Depois de anunciadas as mudanças, houve uma conversa individual com cada um dos 18 guardas, e no momento dos disparos, apenas Moreira e Sousa estavam na sala. Segundo o comandante da GCM de Osasco, Erivan da Silva Gomes, o Henrique se trancou na sala com o corpo da vítima.

Erivan relatou que tentou conversar com o guarda através da porta, perguntando "como está o Moreira?". A resposta foi "você já sabe, você já sabe. Esse cara é sujo". Depois, o guarda afirmou: "Aqui dentro, só tem eu, o Moreira e o demônio".

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 7, o comandante da GCM deu mais detalhes sobre o episódio: "Eu fui a primeira viatura a chegar [...] Quando iniciou a conversa, ele estava com o tom de voz bastante alto, mas eu penso que por conta do estresse, da situação que nós desconhecíamos de como estava lá dentro. Eu perguntava sobre o Moreira, eu pedia para que ele me mandasse uma foto. Ele falou: 'Eu preciso dos meus advogados'. Eu falei: 'Seus advogados já estão vindo'. Ele falou 'Preciso falar com a minha esposa'. Ela já estava vindo. Então, tudo isso a gente foi, de certa forma, permitindo a ele".

O guarda se rendeu por volta das 19h30, após negociação com o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). No momento em que as equipes chegaram ao local, Adilson Moreira já estava morto.

O guarda foi preso e levado para a Delegacia Seccional de Osasco. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso, e o local do crime passou por perícia. A arma utilizada, uma pistola Taurus calibre 40, foi apreendida. Henrique permaneceu em silêncio durante o interrogatório.

Nesta terça-feira, o comandante da GCM também explicou por que o secretário não estava armado: "No final de semana, ele não estava no município. Quando ele retornou, ele deixou a mala dele, o veículo, tudo na residência, inclusive a arma dele estava na residência".

O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa (Podemos), lamentou o caso e disse que a Prefeitura irá oferecer o suporte necessário à família de Moreira. A Prefeitura de Osasco decretou luto oficial de três dias em virtude da morte do secretário-adjunto.

Fonte: Redação Terra
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