Explosão destrói agência bancária no interior de São Paulo
Força da explosão arrombou cofre; ataque levou medo à população da cidade, de pouco mais de 15 mil habitantes
Uma quadrilha usou explosivos para assaltar uma agência do Banco do Brasil, na madrugada desta quarta-feira, 15, na região central de Elias Fausto, interior de São Paulo. A força das explosões arrombou o cofre e destruiu também o prédio da agência. Os criminosos fizeram disparos com armas longas para manter os curiosos e a polícia à distância. Alguns tiros atingiram paredes de casas e lojas do centro. O grupo fugiu com o dinheiro e, até as 10 horas, nenhum suspeito tinha sido preso.
A agência atacada fica na Praça Monsenhor Couto, esquina com a rua Treze de Maio. Moradores da cidade, de 15,8 mil habitantes, acordaram com o barulho dos tiros e explosões. "Foi às 3h15 da madrugada. Acordei ouvindo o barulho de tiro, muito tiro. Aí, houve uma explosão mais fraca e, em seguida, um estrondo mais forte. Depois, ouvi mais tiros, até que silenciou. Só ouvia a cachorrada latindo", relatou o aposentado José Gomes, que mora numa rua próxima.
Outro aposentado, Francisco Parisoto, 65 anos, disse que foram mais de cem disparos. "Desta vez foi só o Banco do Brasil. Há três anos, explodiram também o Bradesco e o Itaú." O impacto destruiu a fachada da agência, lançando vidros e estilhaços para o meio da rua, que até a metade da manhã permanecia interditada. As paredes e a laje do prédio racharam. Parisoto disse que foi o terceiro ataque com explosivos à mesma agência. "A estrutura já estava combalida e não aguentou. Não vai dar nem para reformar."
A Polícia Civil fez perícia no prédio atacado, que também passaria por vistoria da Defesa Civil. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os roubos a banco, incluindo ataques com explosivos, diminuíram este ano no Estado em comparação com o ano passado. Até junho, foram registradas 31 ações, contra 57 do mesmo período de 2017.