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Polícia

BA: PM prende em flagrante 50 por saques, roubos e arrastão

16 abr 2014 - 21h42
(atualizado em 17/4/2014 às 08h44)
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Em meio à greve da Polícia Militar PM da Bahia, o comando da corporação anunciou que foram presas, nesta quarta-feira, pelo menos 50 pessoas em toda a região metropolitana de Salvador. Ao todo, 85 viaturas patrulham a área onde 202 policiais militares estão atuando. 

Comerciantes retiraram produtos das lojas para evitar saques
Comerciantes retiraram produtos das lojas para evitar saques
Foto: Romildo de Jesus / Futura Press

Entre as 50 detenções, houve casos de flagrante de roubo a mão armada, arrombamentos, saques e arrastão, nos bairros Liberdade, Iapi e Orla. No bairro de Cosme de Farias, os policiais prenderam quatro homens em um veículo roubado. Outros três foram detidos em um caminhão frigorífico, também roubado, mas na cidade de Simões Filho.

Pontos da negociação

Nesta quarta-feira os grevistas encaminharam uma contraproposta à apresentada na terça-feira pelo governo. Fruto de nove meses de negociações entre as associações dos policiais militares, a Secretaria de Segurança Pública e o governo do Estado, a proposta de ontem teve o acréscimo de quatro pontos que não constavam da pauta anterior.

Um deles foi o aumento da gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET), que é de 17% em cima do soldo do policial e subiria para 25% para os policiais com expediente administrativo, 45% para os que vão para rua e 60% para os que trabalham como motoristas. “Mas os oficiais já ganham 125% em cima do salário deles. Portanto, essa proposta foi votada na noite de ontem, mas não aceita”, informou a assessoria do vereador Marco Prisco (PSDB). 

Os outros pontos foram uma nova discussão sobre o Código de Ética da Polícia Militar, a revisão dos processos administrativos referentes à greve das polícias de 2012 e a regulamentação do artigo 92 do Estatuto da Polícia, que versa sobre os auxílios moradia, funeral, alimentação e outros ganhos da agremiação.

Greve ilegal

A greve da Polícia Militar da Bahia foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça na manhã desta quarta-feira. Com o decreto de ilegalidade, cujo pedido feito pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e acolhido pela Justiça, todo o efetivo da PM deve voltar imediatamente às atividades para a garantia da segurança pública. Caso não acate a decisão, as associações da polícia terão de pagar R$ 50 mil diários.

Ainda de acordo com a decisão judicial, concedida liminarmente pelo desembargador plantonista Roberto Maynard Frank, o governador Jaques Wagner deve fazer, de imediato, um plano de contingenciamento da segurança pública em todo o Estado, para preservar os interesses públicos de segurança social e jurídica.

Fonte: Especial para Terra
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