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Polícia

Bandidos furtam armas de dentro de delegacia em MG

Três armas foram levadas do 5º Distrito Policial de Brumadinho, na Grande BH.

6 mar 2018 - 15h28
(atualizado às 15h31)
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Um fuzil calibre 762, uma submetralhadora calibre 40 e uma espingarda calibre 12 foram furtadas da Delegacia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O armário onde as armas estavam guardadas foi arrombado nesta segunda-feira (5). Em dezembro, uma resolução do TJMG proibiu que os fóruns fossem usados como depósito de armas. A partir de então, toda munição e armamento seria de responsabilidade das autoridades que efetuaram as apreensões.

TJMG entende que armas apreendidas deveriam ficar sob responsabilidade das autoridades que as encontra.
TJMG entende que armas apreendidas deveriam ficar sob responsabilidade das autoridades que as encontra.
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com

O furto foi descoberto pelo policial civil que assumiu o serviço no 5º Distrito Policial, no Centro de Brumadinho. Após a constatação do roubo das armas o local foi isolado e peritos foram chamados. Ninguém foi preso até o momento e nenhuma arma foi recuperada pela polícia.

A guarda de armas e munições é um problema antigo em Minas Gerais e coloca policiais e magistrados em lados opostos. Isso porque o TJMG entendeu que o material apreendido deveria ficar sob responsabilidade das autoridades que o encontra.

Para o relator, desembargador Paulo Calmon Nogueira da Gama, embora não exista legislação específica para o caso, as delegacias são os locais mais adequados para armazenar as armas. “Garante mais proteção e evita eventuais ataques de criminosos para resgatar os armamentos”, diz a nota do TJMG.

Já para os policiais, a medida foi recebida com perplexidade. A direção do sindicato dos policiais civis de Minas Gerais ficou surpresa com a decisão pois acredita que a maior parte das delegacias do Estado não oferecem condições para o cumprimento da medida. O Sindpol  afirma ainda que as delegacias funcionam em prédios improvisados cedidos pelas prefeituras e sem o número de policiais suficiente para o funcionamento em regime de expediente e plantão.

“Essa medida é no mínimo incoerente, tendo em vista que o Poder Judiciário tem em suas sedes de comarcas e fóruns, muito mais estruturas para garantir a segurança e a salva guarda dessas armas, que são peças de processos”, disse o presidente do Sindpol, Denilson Martins.

O Exército, instituição que recebe o armamento após a conclusão dos inquéritos policiais, destruiu 4.120 mil armas entre revólveres, pistolas e simulacros apreendidos pela Polícia de Minas Gerais em janeiro. Todo o material pesava mais de três toneladas e não são mais necessários nos processos judiciais.     

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Fonte: Terra
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