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Polícia

Bolo envenenado: Perícia analisa lanche que suspeita levou para sogra no hospital

Análise foi pedida pela Polícia Civil; entre os itens estão bombons, barras de cereal, chiclete, pastel e uma garrafa de suco

15 jan 2025 - 13h42
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Bolo suspeito causou três mortes
Bolo suspeito causou três mortes
Foto: Reprodução/Globo

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul analisa se o lanche levado por Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, à sogra no hospital também estava com arsênio. A análise foi pedida pela Polícia Civil, após pessoas próximas à vítima levarem os alimentos recebidos por Zeli dos Anjos às autoridades. 

A substância usada em um bolo foi encontrada nos exames periciais da família que foi envenenada em Torres, na véspera de Natal do ano passado. Três pessoas morreram e outras três ficaram hospitalizadas. Em coletiva à imprensa, realizada na última sexta-feira, 10, a polícia afirmou suspeitar que Deise tenha cometido outros homicídios e tentativas de homicídio por envenenamento.

A suspeita teria levado os alimentos para Zeli, enquanto ela estava internada no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres. Ao Terra, o IGP confirmou que realiza a perícia dos seguintes itens: um torrone, quatro bombons, quatro barras de cereal, um pacote de biscoito, um chiclete, uma garrafa de suco, um pastel e um canudo. 

Essas análises seguem protocolos técnicos rigorosos para identificação de substâncias tóxicas, e ainda não há previsão para a conclusão dos laudos periciais. Ainda segundo o instituto, o caso é tratado com máxima prioridade pelo órgão.

Além do episódio do bolo, Deise também é suspeita da morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro do ano passado. O corpo do marido de Zeli foi exumado na última semana, quando a perícia indicou que ele também havia ingerido arsênio. Ela tentou evitar a exumação, conforme a polícia. 

“Ela tenta, de todas as formas junto dos familiares, a cremação desse corpo. Não conseguindo isso, ela constrói outros relatos para tentar encobrir a verdadeira causa da morte do sogro. Ela consegue, num primeiro momento, até que ocorre esse envenenamento lá em Torres”,  afirmou a delegada Sabrina Deffente durante a última coletiva. 

Também nesta semana, a polícia teve acesso à nota fiscal de uma compra de arsênio em nome de Deise. Ao analisar os rastros deixados por Deise na internet, as autoridades descobriram pesquisas mais antigas sobre o arsênio.

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De acordo com a delegada Sabrina Deffente, a suspeita pesquisou uma receita de veneno que fosse inodora e sem gosto. Usou termos como ‘veneno’, 'veneno para matar humano’ e foi evoluindo. “Ela chega, então, numa composição química que tenta montar”, esclarece. 

A pesquisa segue até ela descobrir o arsênio, fato comprovado pela polícia ao verificar as compras feitas por Deise na internet. “A partir dessa combinação de elementos, ela começa a tentar, então, envenenar familiares”, explica. 

Deise Moura dos Anjos foi presa pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul
Deise Moura dos Anjos foi presa pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Deise foi presa temporariamente no dia 5 de janeiro, sob a acusação de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno, além de tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ela teria comprado a substância e colocado na farinha usada pela sogra, de 60 anos, que preparou o bolo.

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As três pessoas que morreram após comer o bolo são as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, além da filha de Neuza, Tatiana.

Zeli dos Anjos, sogra de Deise e responsável pela preparação do bolo, chegou a ser internada, mas teve alta na última sexta, 10. A criança de 10 anos que também ingeriu o bolo recebeu alta do hospital no último dia 3, conforme informações da Polícia Civil. O marido de Maida também comeu o doce, foi hospitalizado, mas já recebeu alta.

Fonte: Redação Terra
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