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Polícia

Brasileiro da Yakuza condenado por morte de empresário no Japão é levado a presídio de SP

Alexandre Hideaki Miura, 46, foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado por crime cometido em 2001

13 mar 2024 - 18h46
(atualizado às 18h47)
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Brasileiro condenado por sequestro e morte de empresário no Japão em preso em São Paulo
Brasileiro condenado por sequestro e morte de empresário no Japão em preso em São Paulo
Foto: Divulgação/PMESP

A Justiça Federal determinou a transferência de Alexandre Hideaki Miura, 46, ao sistema penitenciário de São Paulo na última terça-feira, 12.  Suspeito de elo com a máfia japonesa Yakuza, o brasileiro foi condenado por envolvimento no sequestro e na morte de um empresário japonês em 2001.

Ele respondia ao processo em liberdade, mas um novo mandado de prisão fez com que ele fosse capturado pela Polícia Militar no último domingo, 10, na Zona Leste de São Paulo. De lá, Alexandre foi encaminhado à sede da Superintendência Regional da Polícia Federal. 

Alexandre passou por audiência de custódia na terça-feira, quando teve a transferência ao sistema penitenciário de São Paulo decretada pela Justiça Federal. A defesa do condenado deve recorrer por uma pena alternativa com liberdade provisória. 

Alexandre e outro brasileiro, Marcelo Yokoyama, foram acusados pela Justiça do Japão de participarem do sequestro e da morte do empresário japonês Harumi Inagaki, junto de outras sete pessoas. Como a legislação brasileira não permite a extradição de cidadãos, o país asiático enviou o processo traduzido para que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal continuassem a investigação.   

A dupla foi condenada pela Justiça brasileira em 2022, mas Marcelo já estava preso desde 2017. A Polícia, então, passou a procurar por Alexandre, após a determinação de um novo mandado de prisão. 

Como foi o crime

Alexandre e Marcelo, além de outros dois brasileiros, foram contratados por integrantes da máfia japonesa, a Yakuza, para atuar no sequestro do empresário Harumi Inagaki. Eles foram acusados de se disfarçarem de trabalhadores da construção civil para raptar e agredir a vítima, a fim de obter dinheiro do resgate. 

O empresário, de acordo com o processo, foi agredido com golpes de taco de beisebol, golfe, chave de roda e pé de cabra. Ao fim da agressão, a vítima foi baleada com dois tiros de arma de fogo. A esposa do empresário, identificada como Takako Katada, foi alvejada no pescoço ao tentar impedir a morte do marido.

A vítima, de acordo com a Justiça do Japão, tinha ligações com a máfia japonesa e era dono de casas noturnas em Nagoya. Ele foi morto por vingança após desavenças com integrantes da Yakuza.  

O corpo do empresário foi posto em um barril, concretado e atirado em um rio de Nagoya, onde o crime aconteceu. O cadáver só foi encontrado após confissão de um dos envolvidos à polícia japonesa. 

Ainda de acordo com o processo, Alexandre e Marcelo voltaram ao Brasil após extorquirem dinheiro da família da vítima. Ao todo, o processo indica que os criminosos subtraíram cerca de R$ 72 mil da vítima, em conversão atual. 

A defesa de Alexandre e Marcelo, durante o processo, chegou a alegar que a dupla foi coagida a participar do crime, mas a Justiça rejeitou o argumento. Um dos integrantes da mafia japonesa envolvidos no crime também foi preso e condenado no Japão. Os outros estão foragidos. 

Fonte: Redação Terra
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