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Polícia

Cabral: PMs que arrastaram mulher agiram de forma repugnante

18 mar 2014 - 16h29
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse nesta terça-feira que os três policiais do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) que atiraram contra Cláudia da Silva Ferreira durante operação no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte da cidade, na manhã de domingo, e depois arrastaram o corpo pendurado no porta-mala de um camburão, "agiram de forma repugnante, desumana e vão responder criminalmente pela barbárie cometida".

Cabral ressaltou que a atitude dos policiais contraria os princípios básicos que devem nortear o comportamento da polícia e, por isso mesmo, eles não ficarão impunes. "O que nós vimos ali foi uma atitude completamente desumana: do atendimento à forma como ela foi colocada na viatura. A barbaridade da queda - enfim uma cena completamente abominável. E eles vão responder por isso. Não haverá impunidade. Eles já estão presos e vão responder pela barbaridade."

Depois de ver as imagens de televisão, o governo disse ter ficado com "uma sensação de choque, repugnância e perplexidade". Ele enfatizou que os policiais estão presos e vão responder pela barbárie, mas falou da necessidade de lembrar a todos que "a esmagadora maioria da polícia é contrária a ações desse tipo, e nós, nesses sete anos e três meses juntos, estamos fazendo grande esforço para pacificar comunidades e reduzir os índices de criminalidade."

Sérgio Cabral lembrou que mais de 1 mil policiais foram punidos e afastados por conduta imprópria durante seu governo, e garantiu que no caso da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, "os envolvidos também terão que responder por todos os erros cometidos, e não apenas pela forma como a vitima foi conduzida". Cabral reafirmou que a Polícia Militar vai investigar e a sociedade vai cobrar. "Nós estamos em um estado de direito democrático: tem investigação, tem ação, tem Justiça e tem punição. Mas é evidente que eles (policiais) também têm direito de defesa."

O governador não acredita que o ocorrido afete a confiança da população no trabalho que a polícia vem realizando, principalmente nas comunidades pacificadas. "O que a gente viu foi absolutamente desumano, mas eu não acredito que isto venha a abalar a confiança da sociedade na polícia. Eu tenho certeza absoluta de que a população reconhece o trabalho da polícia, e a forma como a comunidade da Vila Kennedy recebeu e celebrou a chegada da pacificação é uma prova dessa confiança."

Agência Brasil Agência Brasil
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