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Polícia

Calor provoca onda de furto de ventiladores em SP

A forte onda de calor fez com que o número de furtos de ventiladores aumentasse neste verão. “Bandido não aguenta passar calor”, disse o delegado que investiga os crimes

27 jan 2015 - 13h08
(atualizado às 13h14)
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<p>Ventilador virou um produto muito desejado na cidade do interior paulista</p>
Ventilador virou um produto muito desejado na cidade do interior paulista
Foto: Shutterstock/Alexander Chaikin

A cidade de Araçatuba, uma das mais quentes do interior de São Paulo, passa por uma onda de furtos e roubos de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado neste verão. Há anos sem registrar furtos específicos desses aparelhos em residências, a polícia de Araçatuba já contabilizou cinco furtos e um roubo desses equipamentos desde 1° de janeiro. Neste mês, a temperatura máxima chega em 35° em média, com sensação térmica superior a 42°C em Araçatuba e região, segundo os centros de meteorologia do Estado.

“No ano passado, houve só um furto e foi em uma loja que vende aparelho de ar-condicionado. Em residências, é a primeira vez que vejo isso acontecer. Isso nos causou surpresa, mas todas as ocorrências estão sendo investigadas”, afirmou o delegado Paulo Natal, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que apura as ocorrências. Questionado sobre o motivo do surgimento das ocorrências, Natal respondeu: “Bandido não aguenta passar calor”, afirmou. “O calor é muito e isso faz com que eles (ladrões) optem por esse tipo de crime”, completou.

A sanha pelos aparelhos é tão grande que em 5 de janeiro um ladrão se passou por paciente para roubar um aparelho Split do Pronto-Socorro Municipal. O autônomo Tiago Cardozo da Cruz, 31 anos, morador em Jaú (SP), se fingiu de paciente para se tratar de uma possível desintoxicação por uso de drogas e, aproveitando que ficou internado sozinho num dos quartos, roubou o equipamento. Tiago, então pulou a janela e fugiu com o aparelho, que foi recuperado pela Guarda Municipal. Ao ser pego, disse aos policiais que não estava suportando o calor da cidade e por isso decidiu roubar o aparelho.

Na casa da gerente Luciane Azevedo de Paula, 35 anos, os ladrões furtaram dois aparelhos e dois dias seguidos, 1° e 2 de janeiro. Luciane e os pais haviam se mudado para um apartamento e deixado para retirar os aparelhos posteriormente, mas quando retornaram para levar o restando dos objetos, os aparelhos tinham sido levados, causando um prejuízo de cerca de R$ 2 mil.  Outro aparelho foi furtado de um galpão industrial entre os dias 17 e 18 de janeiro.

Um empresário de 43 anos também teve um aparelho de ar- condicionado furtado nas mesmas condições. O crime aconteceu entre os dias 17 e 18 deste mês. O equipamento estava instalado em um galpão no Distrito Industrial Alexandre Biagi, onde funcionava uma empresa dele. Aproveitando que o prédio estava sem vigia no final de semana, os ladrões cortaram o alambrado de metal e furtaram o aparelho e três torneiras do lado de fora do prédio.

Na falta de um aparelho de ar refrigerado os ladrões também furtaram ventiladores, de duas casas e de uma empresa de mototaxi. Os furtos ocorreram nos dias 1°, 11 e 13 de janeiro. Nos três casos, os ladrões arrombaram as portas para entrar nas casas e na empresa.

Segundo a polícia, os bandidos também optam pelo refrigeradores e ventiladores porque, devido às altas temperaturas, esses equipamentos são muito procurados e encontram receptadores. E também devido às facilidades de se “esconder” os objetos roubados, que são mais difíceis de serem localizados pelos proprietários ou pela polícia. “Ao contrário de um carro, por exemplo, que está rodando nas ruas, à vista de todos, esses aparelhos ficam frechados dentro de casas, praticamente escondidos”, disse um investigador.

No comércio de Araçatuba, a oferta de ventiladores e ar-condicionado foi reduzida em mais de 50%. Em muitas lojas não se encontra esses aparelhos para comprar. E quando se encontra aparelhos de ar-condicionado ou ventiladores de teto para comprar, o consumidor precisa ter paciência e esperar dias e até semanas para que as empresas possam instalá-los, devido ao aumento das vendas de novos produtos e de pedidos de manutenção dos aparelhos já instalados.

Fonte: Especial para Terra
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