Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Polícia

Caso Amarildo: resultado de reconstituição será divulgado em 30 dias

2 set 2013 - 12h57
(atualizado às 13h00)
Compartilhar
Exibir comentários

Durou pouco mais de 15 horas a reconstituição dos últimos momentos do ajudante de pedreiro Amarildo Souza, desaparecido desde 14 de julho após ser levado por policiais militares para uma averiguação na sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na zona sul do Rio. A estimativa da Polícia Civil é que o resultado da reconstituição saia entre 15 e 30 dias.

Após o encerramento dos trabalhos, na manhã desta segunda-feira, o delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, responsável pelas investigações, foi embora sem dar declarações à imprensa. A reconstituição começou ontem, por volta das 19h, e ouviu os 13 policiais militares da UPP da Rocinha que trabalhavam no dia do desaparecimento.

No dia em que o ajudante de pedreiro foi levado para a sede da UPP, as câmeras da unidade policial não estavam funcionando e o GPS (Sistema de Posicionamento Global, por satélite) da viatura usada na condução estava desligado. Mais cedo, o delegado disse que a reconstituição estava sendo "muito esclarecedora". No entanto, ele argumentou que não poderia, por enquanto, revelar detalhes dos depoimentos. "Mas nossa expectativa é que tenhamos em breve um desfecho do caso", disse o delegado.

Cerca de 100 homens, entre agentes da Polícia Civil, policiais militares e funcionários do Ministério Público, refizeram todo o trajeto da condução do ajudante de pedreiro, desde a primeira abordagem. A Polícia Civil divulgou que foi uma das maiores reconstituições já feitas pela instituição.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade