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Polícia

Caso Bernardo: MP é favorável à prisão de pai, madrasta e amiga

Expectativa é que as conclusões do Ministério Público sobre a prisão preventiva sejam apresentadas ainda nesta semana

13 mai 2014 - 15h19
(atualizado às 15h26)
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<p>Pai e madrasta de Bernardo Uglione Boldrini foram presos por suspeita de envolvimento na morte</p>
Pai e madrasta de Bernardo Uglione Boldrini foram presos por suspeita de envolvimento na morte
Foto: Facebook / Reprodução

O Ministério Público de Três Passos (RS) deu parecer favorável à representação da Polícia Civil pela decretação da prisão preventiva de Leandro Boldrini, Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz, indiciados nesta terça-feira pelo homicídio e ocultação do cadáver do menino Bernardo Uglione Boldrini, ocorridos em 4 de abril deste ano.

Em seu parecer, a promotora de Justiça Dinamárcia Maciel de Oliveira enumera três fundamentos para o parecer favorável à decretação da prisão preventiva dos três indiciados. O primeiro, que consta na representação da Polícia Civil, é a garantia da ordem pública. “A ordem pública está abalada na Comarca, como nunca se viu ou teve notícia. A comoção é geral e várias pessoas se dizem capazes de atos de violência contra todos os suspeitos, caso esses sejam postos em liberdade”, destaca.

Além disso, o Ministério Público acrescenta dois outros fundamentos. Um deles é que a medida é importante para a conveniência da instrução criminal. “Algumas testemunhas inquiridas relataram o medo e o temor que tinham de sofrer represálias por parte do casal Leandro Boldrini e Graciele Ugulini. Ambos teriam referido, em alto e bom tom, que poderiam pagar assassinos contratados para dar cabo à vida de quem deles falasse mal, por exemplo”, salienta a promotora.

O outro argumento é que a prisão preventiva é fundamental para assegurar a aplicação da lei penal. “Leandro Boldrini e Graciele Ugulini têm patrimônio, cultura e contatos suficientes para empreenderem fuga, especialmente por fronteiras terrestres livres na vizinha Argentina ou mesmo no Uruguai, caso sejam postos em liberdade, o que comprometeria a aplicação da lei penal. Desse modo, não são nem de longe suficientes à hipótese as medidas cautelares alternativas à prisão previstas no Código de Processo Penal, evidentemente”, ressalta Dinamárcia Maciel de Oliveira.

Nesta terça-feira, o Ministério Público recebeu a íntegra do inquérito policial entregue à Justiça de Três Passos referente ao assassinato de Bernardo Uglione Boldrini. O documento será analisado pela promotoria de Justiça e a expectativa é que as conclusões do Ministério Público sejam apresentadas ainda nesta semana.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.

O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime

Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal. No dia 10 de maio, um quarto suspeito de envolvimento no crime foi preso: Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia. Para a polícia, indícios apontam que ele participou da ocultação de corpo do menino.

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Fonte: Informações do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Fonte: Terra
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