O juiz Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul, atendeu pedido do Ministério Público e prorrogou por cincos dias a prisão temporária de Evandro Wirganovicz, o quarto suspeito de participação na morte do menino Bernardo Boldrini. Neste domingo, venceu o prazo de 30 dias da prisão cautelar de Evandro, que é suspeito da ocultação do cadáver da vítima.
O Ministério Público está analisando se vai imputar a Evandro o delito de homicídio, conforme indicou a Polícia Civil, e se vai requerer sua prisão preventiva. O órgão também afirma que pode ser necessária alguma diligência complementar.
Na última sexta-feira, a polícia indiciou Evandro por homicídio doloso e ocultação de cadáver. A polícia pediu a decretação da prisão preventiva argumentando que ele prestou auxílio material aos demais acusados de envolvimento na morte de Bernardo. Evandro é irmão de Edelvania Wirganovicz, também presa suspeita de participação na morte. Além dos dois, também estão presos a madrasta de Bernardo, Graciele Ugolini, e o pai do menino, Leandro Boldrini.
Ao conceder mais cinco dias de prisão, o juiz observou que o Ministério Público tem o prazo para definir “acerca da pertinência do aditamento à denúncia, para imputar ao representado o delito de homicídio, bem como da necessidade da prisão preventiva postulada pela autoridade policial”. De outro lado, ponderou o magistrado, “a soltura imediata do representado, antes da mencionada definição jurídica quanto a imputação cabível contra o mesmo, importará em sério risco de evasão do distrito da culpa e a consequente frustração da aplicação da lei penal”.
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril, foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS)
Foto: Facebook / Reprodução
Na mesma noite em que corpo foi encontrado, o pai e a madrasta do menino foram presos por suspeita de envolvimento na morte
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Assistente social Edelvânia Wirganovicz está presa e confessou ter participado do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos
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Bernardo morava com o pai, a madrasta e a meia-irmã de 1 ano em Três Passos (RS)
Foto: Facebook / Reprodução
A avó materna, que acusa pai e madrasta, com o menino Bernardo
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Certidão de óbito de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, diz que ele morreu no dia em que desapareceu, 4 de abril
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Depois do velório em Três Passos (RS), cidade onde Bernardo morava com o pai e a madrasta, o corpo do menino seguiu para Santa Maria (RS), onde familiares e amigos se despedem na capela 3 do Hospital de Caridade
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Brinquedos, fotografias, cartazes e flores foram colocados no entorno do caixão de Bernardo
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Amigos fizeram uma faixa em homenagem ao menino: "nosso anjo"
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Velório de Bernardo foi marcado por muita emoção em Santa Maria (RS)
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, chega para o velório de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, na capela 3 do Hospital de Caridade de Santa Maria (RS)
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Avó materna de Bernardo, Jussara Marlene Uglione, 73 anos, acompanhou o enterro do neto
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Dezenas de pessoas acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Bernardo foi enterrado junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Amigos e familiares acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini na manhã desta quarta-feira
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, deixa o Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) após o enterro do neto Bernardo
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press
Comunidade de Três Passos (RS) fez nesta terça-feira uma nova passeata pedindo Justiça no caso da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Felipe Franke / Terra
Alzira Pretto (direita) era vizinha de Bernardo e defendeu a permanência dos suspeitos na cadeia: "se a Justiça soltar, a gente vai fazer justiça com as próprias mãos", ameaçou
Foto: Felipe Franke / Terra
Passeata reuniu pais, vizinhos, conhecidos e colegas do menino Bernardo
Foto: Felipe Franke / Terra
Caminhada começou na praça Remeu Geraldino Mertz, passou pelo Fórum e terminou em frente à casa onde o menino morava
Foto: Felipe Franke / Terra
Uma das testemunhas disse que é muito difícil cavar onde o corpo foi encontrado
Foto: Felipe Franke / Terra
É uma terra dura, com muitas raízes de árvore. É muito difícil de cavar, disse um policial militar aposentado que denunciou à Polícia Civil a presença do carro do irmão da assistente social Edelvânia Wirganovicz próximo ao local
Foto: Felipe Franke / Terra
Dois dias depois do crime, o militar encontrou Edelvânia no local. Questionada, sobre o que fazia ali, ela disse que parou para molhar os pés em um rio próximo junto com uma sobrinha que estava com ela
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Menino Bernardo foi enterrado em uma cova no interior de Frederico Westphalen
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Local recebeu flores e uma cruz foi colocada
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Cova onde o corpo do menino Bernardo foi enterrado tem cerca de um metro de profundidade
Foto: Felipe Franke / Terra
Militar disse que duvida que uma mulher, mesmo com equipamento adequado, tivesse força muscular suficiente para cavar um buraco no local
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Homenagens foram colocadas no local onde corpo de Bernardo foi enterrado
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Em coletiva, delegada explica indiciamento do pai e da madrasta de Bernardo
Foto: Felipe Franke / Terra
Inquérito da Polícia Civil indiciou pai, madrasta e amiga pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos,
Foto: Polícia Civil / Divulgação
Através da grade e dos cartazes, amigas olham a casa onde Bernardo vivia
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Passeata pediu justiça à véspera de um mês da descoberta do corpo do menino, encontrado no dia 14 de abril
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Imagem da Polícia Civil durante apresentação das conclusões e deliberações do inquérito