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Caso Bruno

Defesa de Bruno entra com pedido para anular júri que condenou o goleiro

11 mar 2013 - 17h03
(atualizado às 17h06)
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<p>Bruno foi considerado culpado dos crimes de homic&iacute;dio triplamente qualificado, sequestro e c&aacute;rcere privado de Eliza</p>
Bruno foi considerado culpado dos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação

O advogado Lúcio Adolfo, que faz a defesa do goleiro Bruno Fernandes de Souza, entrou com um pedido de anulação do julgamento que condenou o atleta a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio. A ação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que, no entanto, não especificou o conteúdo.

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Adolfo reclama de várias situações e possíveis irregularidades em todo o caso. Segundo o advogado, não se pode julgar um réu quando existe uma investigação em aberto. Ele ainda questionou a pena dada a Bruno, considerada abusiva pelo advogado, já que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ao fazer uma confissão parcial em novembro, teve uma considerável redução.

A resposta para o pedido do defensor de Bruno não tem data certa para sair. Em abril, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar e ocultar o corpo de Eliza Samudio, será julgado no Fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O caso Bruno

Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 

Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 

No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. No dia 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e seis meses terão de ser cumpridos em regime fechado. Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi absolvida. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013.

Fonte: Especial para Terra
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